É durante essa época, que o grande monopólio televisivo chamado Rede Globo, resolve fisgar de vez seus telespectadores com um líder de audiência, o Big Brother Brasil, que já está em sua 11ª edição e cada vez mais repleto de polêmicas, confusões, barracos de quinta categoria e mulheres seminuas, ou seja, tudo que boa parte desse país, adora.
Ver pessoas não tão anônimas assim seria realmente um show de realidade? Creio que não. Show de realidade é o dia a dia de alguém que tenta sobreviver com dignidade apesar de receber um ridículo salário literalmente mínino. Show de realidade é quem não tem sequer onde morar e mesmo assim estampa um sorriso sincero no rosto. Show de realidade é quando mesmo sem possuir o que comer todo dia, uma família permanece unida. Show de realidade é quem trabalha muito, sem descanso e no final de sua rotina diária, agradece por estar vivo. Show de realidade é quem tem uma doença grave e mesmo assim não desistiu de lutar. Dar valor as verdadeiras lições de realidade é um show de verdade.
Claro, ter uma intensa curiosidade por observar o comportamento do outro, é inerente ao ser humano, ainda mais quando estes ‘’outros’’ estão confinados, o que torna suas ações excessivamente estranhas, mascaradas e calculadas e é por isso que as emissoras de TV estão investindo alto em produções desse gabarito.
A criatividade é o que não falta para produzir um reality show, a receita é quase sempre igual: pessoas que gostam de aparecer, que possuem contatos importantes, que sabem fingir muito bem e quem não estão nem ai para o público. Depois é só criar uma boa e envolvente história, procurar patrocinadores famosos e esperar a audiência. Pouco importa se é tudo forjado ou não, o que está em jogo é o lucro.
Essa categoria de programa também não é nenhuma praga da humanidade. É apenas mais uma forma de futilidade que nos desliga de tanto estresse para um entretenimento inútil, mas o que realmente diverte na TV, é assim.