Foi-se o tempo que alguém se importava em saber o real significado (simbolismo, história, motivos) de alguma data religiosa. Ninguém se preocupa com isso. Pra que não é mesmo? O que vale a pena, na visão dos leigos, é o fato de ser FERIADO, de poder ficar mofando em casa vários dias ou para os mais sociáveis, quer dizer passear, ir para a praia ou sítio é só escolher o destino final.
Um feriado religioso atualmente é o resumo de se empanturrar de comidas e bebidas como se não houvesse amanhã.
Comidas, um ponto, digamos bem polêmico de tudo isso. Milhares de pessoas lotam as ruas, feito loucas em busca de comidas ‘’típicas’’. Ah, vamos confessar, comer algo só porque todo mundo come aquilo durante certos dias é bem coisa de ’’Maria vai com as outras’’. Se for pra comer porque faz parte da sua cultura, tudo bem, mas que pelo menos você entenda a razão para tal costume, que não faça somente porque está sendo obrigado, pois isso sim é trágico e deprimente.
Zelar por manter sempre ‘’viva’’ a memória de seus antepassados é uma coisa, mas cultuar tradições que até em seus locais de origem já foram abandonadas, é algo muito diferente. Existem inúmeros atos, que são erroneamente chamados de tradição, um exemplo claro disso, é a
Farra do Boi, que acontece de forma intensa neste período em Santa Catarina e que desde 1997 é considerada prática ilegal no Brasil. Não se engane com quem diz que a Farra do Boi é uma forma de manter aceso o folclore na região, mas se trata na verdade, de um dos rituais mais selvagens envolvendo a crueldade contra animais.
Ainda existem os que comprem inocentes coelhos para presentear crianças durante a Páscoa. Hãm? Comprar o coelhinho, uma pobre e indefesa criatura, só porque este é o ‘’símbolo maior’’ da páscoa e depois se simplesmente abandoná-lo como se ele fosse um brinquedo que depois de algum tempo de diversão, não te interessa mais nem um pouco? Que atitude idiota. A Páscoa é momento para refletir sobre a existência de cada ser e não de sentir bem vendo o sofrimento de qualquer tipo de vida que seja.
Quando falamos em páscoa, a primeira palavra e imagem que vem a sua mente são de... Muitos chocolates, lógico. Se não for a primeira, é uma das. Chocolate é a preferência de 11 em cada 10 pessoas. É uma paixão universal, todos (ou a grande parte) amam e o chocolate está lá, para qualquer hora que você precisar se acalmar, pois os seus benefícios já foram comentados em diversas ocasiões. Mas é nessa época, que o chocolate se torna o grande protagonista, o desejo das crianças, o prejuízo dos adultos.
Vejamos 3 quesitos importantes sobre os ovos de páscoa:
1º: É tudo um ‘’jogo de marketing’’. A propaganda induz a criança, a querer aquele que é cheio de brindes e onde o sabor do chocolate é a última coisa a ser mencionada e é se falarem sobre isso.
2º: Não importa o quão caro seja o ovo de páscoa, você vai acabar comprando-o, principalmente se for aquele de uma marca bem conhecida. Afinal, todos estão fazendo isso também não é mesmo?
3º: Chocolate + consumismo exagerado = páscoa
Não é válido, roubar de uma criança, suas fantasias sobre a Páscoa, por exemplo, a mais comum é que o coelhinho é quem pinta os ovos de chocolate coloca-os em uma cesta com lindo laço de fita colorida (o quem ensinam os desenhos animados) e o traz para ela. Mas o fundamental é que este pequenina pessoa em desenvolvimento tenha um adulto por perto, que a explique desde cedo, sobre os significados verdadeiros sobre a Páscoa, para que esta criança não se transforme em mais um alienado, igual aos que vemos aos montes por ai. Nada de fazer-las esquecer esperanças ou destruir sua inocência, apenas reforçar valores.
Não estou aqui para julgar a maneira como cada um escolhe enfrentar a sua vida e muito menos falar sobre religião em si, só estou querendo relembrar, que a Páscoa não é isso que a sociedade joga na sua cara. A Páscoa é um momento que você tem a oportunidade de pensar com calma sobre o que já fez ou pretende fazer, de avaliar as suas ações e mudar em quanto tem tempo. Páscoa é RENASCIMENTO, de vidas, de almas.