Acabo de retornar de uma consulta
médica, estou explodindo de dor de cabeça, com fome de algo que não tem aqui e
agora e por finalizar, ainda estou triste pra c*cete que amanhã (lê-se hoje
para os Estados com horário de verão) volto pra capital cearense. E não, eu não me
acostumei ainda e nem sei quando vou conseguir, ou se vou conseguir. Talvez eu
desista antes, o que não seria nenhuma surpresa.
Não é querendo ser reclamona, o
que de fato sou, mas não é fácil pra mim, entende? Não é fácil pensar em pular
do abismo e não se machucar. Não é fácil pensar em se expor e não sair ferida.
Isso ainda é muito novo pra mim. Mudanças nunca foram o meu forte e agora estou
sendo obrigada à suportá-las. Eu não sei até quando. Eu nunca sei de nada. E ‘não
saber’ constante, é o que parece f*der mais ainda com o negócio que teimo em
chamar de vida.
Voltando ao assunto do começo do
primeiro parágrafo: fui ao médico pra falar da minha-dor-de-cabeça-que-parece-que-não-tem-mais-fim e outras coisinhas mais. O ‘probleminha’ é que se médico tem a
veia política bem aguçada e adora conversar. Nada contra ele, é uma pessoa
ótima, mas por mais que a gente que o estão falando é o certo, mesmo assim não
queremos ouvir e não vamos captar a mensagem como deveria ser. Eu esperava que
ele me passasse um monte de remédios. Antidepressivos, se fosse o caso.
Esperava também que ele me encaminhasse à neuro ou coisa do tipo, mas ninguém
acredita que minhas dores de cabeça sejam pra tanto. Todos juram que não passam
de vista, até porque eu deveria usar óculos e não uso (não curti o lance,
entende?) ou que é tudo psicológico. E indo pelo caminho da mente, o tal médico
em questão resolveu me dar uma aulinha básica sobre vida e blábláblá. Falou de
amor, de deus e muito mais, o que não consigo lembrar agora, pois minha dor
está bloqueando minha memória. Tenho consciência que ele está mais do que
certo, mas fazer o que? A nuvem negra que paira sobre minha cabeça em chamas,
não me permite pensar em arregaçar as mangas e começar a mudar a minha vida.
Eu sei que estou errada, que sou
um ser desprezível. Tenho preguiça pra tudo. É como se a perguntinha: ‘Pra quê
correr atrás dos sonhos, se no final tudo vai dar em merda mesmo?’ girasse em
torno de mim. Não me entendo, não consigo entender os outros e me odeio ainda
mais por isso. Preciso me tratar, preciso parar de fazer quem me amar de
verdade, sofrer junto comigo. Preciso cair na real e se arranhar feia, preciso
entender que não posso me desmanchar em lágrimas. Mas por onde eu começo?
Realmente não sei o que fazer. Por hora, vou arrumar as malas pra pegar à
estrada em direção à minha nova rotina desde o começo do ano. Vou tentar dormir
um pouco.
Super me identifico com essa parte de Os Simpons.
Quem já assistiu ao episódio, vai entender o motivo (eu acho):