A verdade dói, mas chega uma hora
na vida, que depois de tanto amar e se encantar sozinha e o outro não mexer uma
palha sequer por você, a gente resolve parar de ser tão besta.
Não! Com certeza não será da noite
para o dia que irei parar de me ‘apaixonar’ pelo primeiro babaca que se passar
por cara legal na minha frente. Não será assim e nem tenho como prever o que
irá acontecer daqui pra frente. Sou sei que estou exaustada. Estou
desacreditada com o amor romântico. Estou cinza (não em 50 tons). Estou
descrente e completamente pessimista.
Não sou de falar o que sinto se
não tiver a total certeza de que serei correspondida. Porque não, não estou a
fim de mais uma vez ‘quebrar a cara’ pelo simples prazer de me machucar. Eu
fantasio como nunca, crio expectativas sem precedentes e no final a vida passa
e não saio do lugar.
Jurei, em minha ‘santa’ ingenuidade,
que eu me bastava e que poderia nem tocar no assunto amor, mas sou sensível
demais pra não estar apaixonada por ninguém. Sou repleta demais pelos mais
diversos sentimentos, para não estar suspirando aqui e acolá por outro coração.
O problema é que só eu amo e não vejo nenhum ser amar comigo. Amar pra mim.
Amar tão bonito assim.
Não estou com pretensão de mendigar
amor. Mas quero o amor, isso eu quero mesmo e não posso ser hipócrita ao ponto
de negar. E quero o amor nem que seja daquele tipo bem utópico, mas que nos
deixa com a sensação de pleno êxtase, de estar nas nuvens, de estar pairando
sobre si mesma. Como num surto criativo, em que se fazem mil planos e fica-se
sorrindo pro nada.
Mas não quero me perder num amor
doente. Eu quero que o amor faça com que eu me encontre ainda mais. Eu não
quero um amor que me complete, porque não estou pela metade. Quero um amor que
me transborde. Que me faça bem e que me mostre coisas boas da vida. Que me
mostre o mundo e o que ainda não tive paciência pra ver e junto, admirar.
E que fique claro, que não quero
chorar por ninguém. A gente chora COM alguém e nem quero fazer chorar. Ah,
sinceramente, eu quero tanto que nem sei por onde começar. Sei que preciso me
deixar ser descoberta. Eu me fecho como uma ostra e não permito a entrada de
visitantes para admirarem a beleza que finjo não ter. Já me disseram que parece
que estampo na cara, um letreiro que diz ‘Não se aproxime!’. Está bem!
Confesso! Grande parte da minha solidão é minha culpa, minha total culpa, mas
também nunca apareceu alguém com coragem e teimosa suficiente pra querer lutar
por mim, apesar de todos os obstáculos que coloco no caminho.
É muito bom ser conquistada, ou
pelo menos, saber que estão tentando. É bom sentir querida ao ponto de uma
pessoa sentir tamanha vontade de não desistir de você, sem primeiro ir até o
fim. É ótimo se sentir desejada pelo o que você é e não pelo o que outro apenas
imagina. Você percebe que todas as suas neuras, não passavam de exageros de
quem nunca parou melhor para observar ao redor.
É exatamente assim que eu me sinto. Já passei por algumas decepções e decidi que quando gostar de alguém novamente só irei dizer quando tiver quase certeza que poderá ser correspondido, caso contrário sofro calada pq acho melhor do que levar um fora.
ResponderExcluirhttp://quackzoom.blogspot.com
"Não sou de falar o que sinto se não tiver a total certeza de que serei correspondida."
ResponderExcluiroi eu.
amei o texto, Herlene!