Feminismo NÃO é falta de amor.

domingo, 27 de outubro de 2013




No final de uma semana qualquer do mês de agosto (está bem, confesso que não lembro mais qual semana), inventei de logar no facebook de manhã cedinho e teria sido melhor não ter feito isso, porque acabei me aborrecendo, pois logo dei de cara com uma imagem ridícula num portal (mas que foi postada, originalmente, em outro local, que ainda não sei qual e quem souber, por favor, avise).

Então, para não fazer apologia ao conteúdo non sense da dita cuja, melhor nem escancará-la no meu blog, mas pra vocês se situarem melhor, é essa imagem aqui... Quando vi isso, minha vontade foi de sair gritando de raiva, pois fico imaginando: Como podem distorcer tanto um movimento legítimo como o feminismo? É puro recalque, por não querer que mulher nenhuma seja livre ao ponto de pensar por si própria, ao invés de seguir o temido livro de regras do patriarcado? Será que é tão difícil de entender que feminismo não é falta de amor? Que feminismo não é vilão, muito menos, o contrário do machismo? Pelo contrário, pois feministas são tão repletas de amor, que dedicam suas vidas em prol do bem pessoal e, principalmente, alheio.

Feministas são por quem está sendo oprimidx, por quem está sofrendo, por quem está no choro mais silenciado do mundo e sente-se só, sem nenhum apoio, sem nenhum ombro amigo. Mas as pessoas precisam entender que o feminismo não é o problema, mas a solução, ou, pelo menos, uma maneira de tentar amenizar toda a dor causada pelo machismo.

Sinceramente, fico confusa com essa gente que prefere ficar na ignorância ou invés de ir procurar se informar sobre o que tanto ama criticar. Talvez seja por medo de acabar descobrindo que tudo que jurou ser o certo e/ou a maravilhosa verdade absoluta, não passa de um grande circo. Porque julgar sem, nem ao menos, saber direito o que está, realmente, julgando é uma tremenda burrice.  Pior ainda é ser levadx pela onda, ser mais uma ovelhinha do rebanho e criticar só pra não ficar de fora da ~zuera~. Gente, pode não parecer, mas ATÉ a famosa ~zuera~ tem que ter limites ou a coisa toda vai ficar, completamente, fora de controle (se é que já não está).

Que a Rede Globo é formadora de opinião, disso ninguém tem dúvidas (infelizmente). O problema está na qualidade desse tipo de opinião que é formada. Ao me deparar com comentários sobre a imagem machista em questão, quase chorei sangue lendo coisas assombrosas, que fazem qualquer um, com um pouco de bom senso, pensar: ‘’Será que ainda vale a pena lutar por um mundo menos nojento, onde mulheres são, constantemente, massacradas pelo simples fato de serem mulheres?’’ Sempre vale, mas tem horas que a gente fica desacreditada por conta do fluxo intenso de energia negativa que paira no ar de quem tem pensamento que vai numa linha, completamente, contrária ao senso comum.

E sempre vale lembrar que uma revolução feminista é, acima de tudo, uma revolução humana, pois almeja libertar os seres humanos dos horrendos porões da ignorância. 

Feminismo NÃO é falta de amor... Feminismo é AMOR! 


Como se eu tivesse a ''obrigação''...

terça-feira, 22 de outubro de 2013

via @ponycase

Como se eu tivesse a obrigação de ser santa.
Como se eu tivesse a obrigação de ser recatada.
Como se eu tivesse a obrigação de ser coisificada.
Como se eu tivesse a obrigação de ser um objeto descartável.

Como se eu tivesse a obrigação de estar sempre à disposição.
Como se eu tivesse a obrigação de ser submissa.
Como se eu tivesse a obrigação de ser esposa.
Como se eu tivesse a obrigação de servir ao meu homem.

Como se eu tivesse a obrigação de ser mãe.
Como se eu tivesse a obrigação de ter instinto maternal.
Como se eu tivesse a obrigação de ser fofa.
Como se eu tivesse a obrigação de ‘ser feminina’.

Como se eu tivesse a obrigação de me depilar.
Como se eu tivesse a obrigação de esquentar a barriga no fogão e esfriar na pia.
Como se eu tivesse a obrigação de não trabalhar ou estudar para ‘me dedicar à família’.
Como se eu tivesse a obrigação de não ter opinião própria.

Como se eu tivesse a obrigação de ser simpática com todos sempre.
Como se eu tivesse a obrigação de ser propriedade dele.
Como se eu tivesse a obrigação de obedecer a suas ordens sem reclamar
Como se eu tivesse a obrigação de só limpar, cozinhar e dos filhos e marido cuidar.

Como se eu tivesse a obrigação de ser pura.
Como se eu tivesse a obrigação de ser ingênua
Como se eu tivesse a obrigação de ser burra.
Como se eu tivesse obrigação de não falar sobre sexo.

Como se eu tivesse a obrigação de não ser confusa.
Como se eu tivesse a obrigação de não ser complicada.
Como se eu tivesse a obrigação de não nunca errar.
Como se eu tivesse a obrigação de não questionar .

Como se eu tivesse a obrigação de não duvidar.
Como se eu tivesse a obrigação de ser fútil.
Como se eu tivesse a obrigação de ser interesseira.
Como se eu tivesse a obrigação de ser culpada por tudo.

Como se eu tivesse a obrigação de ser magra.
Como se eu tivesse a obrigação de andar sempre ‘bem arrumada’.
Como se eu tivesse a obrigação de ter cabelo longo e liso.
Como se eu tivesse a obrigação de ser branca.

Como se eu tivesse a obrigação de ser hétero.
Como se eu tivesse a obrigação de ser perfeita.
Como se eu tivesse a obrigação de ser princesa e não plebeia.
Como se eu tivesse a obrigação de ser mocinha e não vilã.

Como se eu tivesse a obrigação de seguir padrões.
Como se eu tivesse a obrigação de me encaixar em estereótipos.
Como se eu tivesse a obrigação de só fazer ‘coisa de mulher. ’
Como se eu tivesse a obrigação de ser racista.
Como se eu tivesse a obrigação de ser machista.
Como se eu tivesse a obrigação de ‘zelar pelos bons costumes’.
Como se eu tivesse a obrigação de ‘me dar ao respeito.’
Como se eu tivesse a obrigação de ‘ser moça de família.’

Como se eu tivesse a obrigação de ‘ficar quietinha’.
Como se eu tivesse a obrigação de ser cristã ou evangélica.
Como se eu tivesse a obrigação de ter inveja e fofocar sobre outras mulheres.
Como se eu tivesse a obrigação de não sonhar para além da casa, comida e roupa lavada.

Como se eu tivesse a obrigação de não ser bem sucedida.
Como se eu tivesse a obrigação de não defender outras mulheres.
Como se eu tivesse a obrigação de não me assumir como feminista.
Como se eu tivesse a obrigação de não ser louca.

Como se eu tivesse a obrigação de não ser crítica.
Como se eu tivesse a obrigação de não lutar e reivindicar os meus direitos.
Como se eu tivesse a obrigação de ser quem querem que eu seja.
Como se eu tivesse a obrigação de ser ‘obrigada’


Mais do que simples poesia, mais do mero desabafo... 
Um grito de luta. Não só por mim, mas por todxs!



Entre carícias e malícias.

terça-feira, 15 de outubro de 2013


A noite foi longa. A madrugada entrou incandescente pela janela lateral da sala de estar, e eu nem percebi sua presença. Estava extasiada. Adormeci suave em teu colo quente. E quando eu pensava em esfriar, você me esquentava. Quente, mais quente. Prestes a explodir. Porque você ferve e me inunda com essa chama de um tesão que não cessa. Vai e se afoga em mim, que eu me jogo de cara em teus mistérios. Vem, mergulha fundo. E nada e tudo.

Você se lançou no meu mar. Você e eu. Nós naufragamos. Nós nos perdemos. Juntos. E você quis entrar no meu mundo, mesmo eu dizendo que era confuso e perigoso como teu olhar cheio de malícia. Mas você não hesitou. Insistiu. Persistiu. E me enlouqueceu. Acho que, sem perceber, te fiz surtar. Nem sei por onde começar...

E se for mais que desejo? Esse desejo louco e envenenado de ter meu corpo colado e, perfeitamente, encaixado no teu corpo, minha pele roçando na tua pele, nossos calores se traduzindo num incêndio entre quatro paredes? E se for só para ser casual?  Sem ligações, flores e todo aquele melodrama no dia seguinte? E se não for para ser? Será? E se a gente se render ao instinto incontrolável e nunca mais querer olhar para a cara um do outro? E se for para continuarmos no ‘e se’ para sempre? 

Talvez esse desejo todo seja só pelo o que sabemos que não poderemos ter. Porque o que soa como impossível, errado e sacana é bem mais gostoso e nos faz fantasiar como crianças em um parque de diversões. 



Pagando de modelo - Editorial Anos 80.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013


No final de setembro, fui convidada por uma galerinha bacana da turma do 4º semestre (manhã) de Publicidade da minha faculdade, para ser a modelo de um ensaio fotográfico sobre os anos 80. E claro que aceitei o convite de cara, né? Foi uma honra ser escolhida para contribuir para tal trabalho de Fotopublicidade.

Fotografamos na quinta (26) e NOSSA, eu estava tão nervosa... Nervosa como sempre fico quando vou fazer algo que foge à minha rotina. A manhã começou cedíssimo. E posso revelar que no dia anterior, eu até deixei de assistir a reprise no Multishow do show do Bruce Springsteen no Rock In Rio, só para ir dormir cedo. Porque sou uma pseudo modelo responsável, né!

Então, no dia de fotografar eu recebi tratamento de uma verdadeira diva, sem contar que a equipe teve uma paciência incrível como essa total amadora aqui e isso não tem preço. O Miro levou um profissional maravilhoso, que operou um milagre em mim, através de uma maquiagem que conseguiu até me deixar mais mulherão e tirar (um pouquinho) desse meu ar de menininha levada da breca. E eu nunca tinha me maquiado daquele jeito, porque o máximo que sou acostumada a usar é só um batom e olhe lá.

A produção durou uma hora, eu acho. O Delano ainda deu uma ajeitada no meu cabelo. Estava me sentindo uma atriz da Globo. (Risos). Não é a toa que recebi (e ainda recebo) elogios por causas dessas fotos. Até me perguntaram se eu já não tinha pensado em ser modelo... CALMA, GENTE! Uma coisa de cada vez, por favor!

O que posso dizer com total convicção é que tamanha experiência foi, simplesmente, incrível. Eu amei tudo e essa manhã de fotos e flash's ficará marcada para sempre em memória. Obrigada à todos os envolvidos.

Confiram o catálogo, que foi apresentado pela equipe em sala de aula: 















Confira também o making off do ensaio:



E um pouco dos bastidores: 

Só na pose.
Retocando a maquiagem.
Uma arrumadinha básica no cabelão durante o ensaio.
Pós- ensaio.
Sorrindo para os ~fãs~


Delano e Miro, esses lyndos.


Observações: Vestido, meias, sapatos, pulseiras coloridas e o short utilizado no ensaio, fazem parte do meu guarda-roupa pessoal e foram tantas fotos de bastidor e oficias, para vocês terem noção, que ainda nem estou com todas. (EITA!) Espero que tenham gostado do post, como eu gostei de contar essa minha primeira experiência com editorial de moda para vocês. Beijos e até!



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