Sobre o bem-querer e o nada ter.
domingo, 6 de abril de 2014
Já nutri muitos amores, infinitas paixonites crônicas e inúmeros foram os sorrisos que me fizeram sorrir junto. Mas só sorri afastada. Não sorri colada nas bocas que clamavam pelos meus lábios alvoraçados. Sorri calada, na minha. Amedrontada ainda sou e isso corrói meu calor.
Sempre fui de amar de longe, escondida e sozinha. É verdade. Sou mais da solidão do que do amor romântico. Sou mais minha. Sou menos da entrega ao outro. Não me encaixo nos clichês de love story, mesmo que, por (muitas) vezes, continue sonhando em tê-los em minha pacata vida. Pacata ira.
Eu engulo minha amargura e morro por dentro. Eu me sufoco, aos pouquinhos e lentamente, quando não me permito amar e conhecer a beleza do bem-querer no outro. Porque meu bem-querer chega a querer só de longe, insinua, mas nada faz e nada tem. Passam as horas, os dias, a vida e me deparo com meu bem-querer encontrando o querer corajoso de outro alguém. Daí sofro mais, choro mais... Me transformo em pura dor. E aí o ciclo recomeça e meu bem-querer já embolou.
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