In Pulsing of the Soul

Ela estava ali. Sentada no canto daquele quarto úmido. Onde o Sol mal conseguia encontrar o seu espaço. Estava suja e não sabia a horas o que era dormir. Batidas fortes enlouqueciam a sua cabeça. O mundo fora das quatro paredes que conhecia, havia desaparecido. Era simples sua vida, mas seus pensamentos, não. Sua alma podia se elevar a um nível jamais alcançado. E o que ela fez ? Sofreu, chorou, começou a rir de si mesma. O que ainda lhe faltava era a dúvida. Acreditava muito, mesmo que fosse apenas na sua derrota, mas acreditava. Como já não tinha mais o que chorar, agora, quase seca por dentro, decidiu. Em um pequeno espaço de tempo, seu espírito se desprendeu da casca podre e velha. Procurou uma chance para a mudança. Recebeu como resposta a esperança. E assim, levantou-se do chão duro, como seu antigo coração, abriu a janela no escuro e sorriu para o novo. O que era novo nela, mas igual para o resto. E isso bastava, era só o começo da guerra com seu eu.