Da saudade que permaneceu intacta.

Era fim de tarde, e enquanto estava inteiramente entregue à um momento nostálgico em meu quarto, revirando caixas que guardavam lembranças de um passado distante, deparei-me com uma surpresa incrível. Encontrei, por entre velharias e muita poeira, um retrato que representava com vigor, a minha querida infância. O lugar em questão, que foi eternizado na foto, era a nossa antiga casa no interior. Aquela na qual, passei os melhores e mais sinceros anos da minha vida. E desta época sinto muita saudade, essa é a verdade.

O problema da existência humana, é que o tempo passa rápido demais e sequer nos damos conta disso. Quando percebemos, o momento foi embora e não aproveitamos o bastante. Olhamos para trás com arrependimento e só depois da oportunidade perdida, é que levamos a sério a frase clichê que diz que é preciso aproveitar cada segundo, minuto, da vida.

Voltando à minha ‘arrumação’ de ideias...

Passei horas naquele quarto, fazendo uma reviravolta dentro da minha mente. Foram tantos os acontecimentos que vieram à tona, que fiquei até assustada. Fui relembrando aos poucos, coisas que jamais poderia imaginar, de certa forma, revivê-las. A nostalgia transbordou e as lágrimas, foram juntas. Não foi fácil e nunca será. Talvez um dia, eu seja inteligente o bastante para inventar uma máquina do tempo e assim voltar ao meu passado para consertar alguns erros ou quem sabe, o melhor que eu possa fazer mesmo, é aceitar que o ficou no passado, lá deverá permanecer. Só o futuro interessa.