Ultimamente tenho ido a muitos
eventos culturais e isso tem me feito um bem danado. Do dia 08 a 18 do mês
passado (novembro) ocorreu no novo Centro de Eventos de Fortaleza, mais uma
edição do Bienal do Livro do Ceará e como nunca tinha ido a nenhuma, fui
conferir o que tinha por lá.
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Antes de entrar no Centro de Eventos. Minha mãe, ao canto. |
E se você enlouquece ao se
deparar com livros, fique sabendo que ao ir a uma Bienal, precisará chamar o
hospício depois. Isso quase aconteceu comigo (risos). Surtei com tanta
variedade naquele espaço inundado de gente. Apesar de que muitas das pessoas só
estavam ali para ‘marcar presença’. Ou seja...
Como não
deu pra ir nos 10 dias de evento, o que eu gostaria, só fui a dois. Na quinta
(dia 15 de novembro), porque ia ter um bate-papo com a escritora
infanto-juvenil, Thalita Rebouças. Sabe aquela linda e fofa que passa na tv,
principalmente, na Rede Globo? Pois é, ela mesma.
O bate-papo estava marcado para o
começo da tarde, então eu e minha mãe chegamos cedo. Confesso que nunca tinha
lido um livro da Thalita, mas ela sempre agradou como pessoa fofa que é (e
comprovei isso mais ainda naquele dia) e como escritora persistente, sempre buscando
novos caminhos no campo profissional, o que me inspira profundamente.
E depois de muitas fãs aos berros
ao ver Thalita ao lado do palco, o bate-papo começou e foi mediado por uma
jornalista do rádio cearense. Apesar das perguntas clichês, a ‘fofautora’
sempre arruma um jeito de responder da melhor forma possível. Afinal, ela é
comunicativa como ninguém. Depois abriram espaço para as perguntas da plateia,
e entre o povo quase se batendo para ter uma chance de falar e a Thalita olhar
diretamente pra eles, vieram mais clichês. Eu não perguntei nada, porque não
era fã dela como as meninas que estavam ali, então achei que seria mais correto
dar vez a elas. Mas entre tão perguntas comuns, duas mereceram destaque. Um
garoto perguntou o que Thalita Rebouças faria se tivesse um filho gay e ela
claro, respondeu como deve ser (diferente de outras pessoas da mídia já falaram
muita m*rda sobre isso). Em resumo, disse que seria a melhor amiga dele. Tem
como ser mais fofa essa escritora? A outra, talvez, foi a que mais marcou a
todos no auditório. Apesar de que não foi muita uma pergunta e isso um
desabafo. Uma mãe disse ser diferente da maioria das mães, porque gostava de
pular de paraquedas, fazer coisas radicais e que sua filha implicava com isso
(detalhe é que ela ficava olhando pra trás querendo mostrar a implicante, sua
filha). Esse momento foi super-engraçado.
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A galera esperando pela Thalita. |
Depois de algumas horas de
conversa, e mesmo antes do fim, a fila pra pegar autógrafos e tirar fotos com a
Thalita Rebouças, já era imensa. Passamos por, mais ou menos, duas horas de
espera, mas que valeram a pena. Pois a medida que fila andava, meu coração se
enchia de ansiedade. Poxa, ficar pertinho de alguém famoso? Não é todo dia, né?
(risos).
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A ''pequena'' fila.
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Então chegou nossa vez. Eu me tremia toda.
Disse meu nome e ela o elogiou para minha mãe. Sério que a Thalita fez isso?
Porque eu não conseguia acreditar naquele momento. Depois de tanta gente
querendo a atenção dela e ainda tinha fofura pra esbanjar desse jeito? Linda,
muito linda mesmo. Ela autografou os três livros que eu segurava e eu disse que
um deles, eu queria sortear para vocês, leitoras do DEScomplicando. Thalita Rebouças
adorou a ideia. Aproveitei pra papear um pouquinho. Disse que cursou
Jornalismo, como ela já cursou, e que queria ser escritora. Foi ótimo receber
apoio. Então tiramos fotos, e eu nada besta, pedi para que ela beijasse meu
rosto. Eu poderia perder essa chance?
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Eu, Thalita e minha mãe. Essa foto está no site da autora, disponível aqui. |
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Thalita mais do que linda. |
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FOFAAAAAAA! |
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Thalita, toda linda, prestando atenção no que eu dizia. |
O dia 17 prometia ser mais cansativo
ainda. Fizemos uma ''parada'' antes de partir para o novo Centro de Eventos de
Fortaleza. Eu, minha mãe, Willian e Nayara fomos primeiro ao Espaço Cultural da
UNIFOR e lá encontramos com Lorena e Jordão. Iríamos conferir as exposições O
Egito Sob o Olhar de Napoleão e Estudos Guerra e Paz, de Cândido Portinari.
Muita cultura para uma tarde só, vocês não acham?
Ao chegar aos arredores do Centro
de Eventos nos deparamos com a fila enorme. Teria show do Zeca Baleiro naquela
noite, mas eu não sabia que ele TANTOS fãs na capital cearense assim. Mas sei
lá, tudo que é de graça atrai muita gente mesmo. Eu até iria, pois curto as
músicas do cara, mas no mesmo horário do show dele, eu tinha um compromisso
mais importante para conferir no Bienal. Era uma aula-espetáculo sobre Luiz
Gonzaga, comandada pelo arte-educador
Carlinhos Perdigão, que foi meu professor
de Língua Portuguesa I e é um baterista duc*ralho, mais uns músicos super
bacanas (
Onni Matos e Marcelo Justa) e sem esquecer do humor por parte do meu colega de turma,
Gil Soares.
Enquanto isso, andamos e muito pelos
corredores repletos de livros da Bienal. E coisa mais fácil do mundo era se
perder ali, tanta gente e um espaço imenso. Meus olhos brilhavam. Fiz a festa.
Comprei um monte de livros, que já poderia montar a minha própria biblioteca.
Estava imensamente feliz.
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Minhas aquisições. |
A noite chegou e nos dirigimos
até a sala onde ocorreria o espetáculo. Eu não sabia o que esperar. Confesso de
que tinha receio de que fosse algo chato, mas me enganei completamente. O
ambiente estava vazio no começo e isso me deixou com medo. Não sabia o que
estava por vir, mas de uma coisa eu tinha certeza: se tinha Carlinhos Perdigão,
só podia ser de qualidade. A aula começou e a mistura entre forró das antigas e
rock e blues, deu um som super gostoso de ouvir, não é a toa que isso acabou
atraindo curiosos que passavam por ali e ouviram, lotando assim a sala por uns
bons minutos. Foi interessantíssimo conhecer a história do mestre Luiz Gonzaga
de uma forma tão dinâmica.
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Somzaço! |
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Parte final do espetáculo: a galera dançando ao som de frevo,
no melhor estilo Gonzagão. |
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Carlinhos Perdigão e sua fiel companheira, a bateria. |
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O ator e humorista, Gil Soares. |
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Lorena, Eu, Miro, Mariana, Diego, Gil, Perdigão e Willian. |
E assim chegou a fim minha ida a
Bienal do Livro pela primeira vez. Espero ir à muitas outras edições, pois
trata-se de uma ótimo evento de incentivo ao conhecimento, à literatura. Quem
sabe um dia, eu esteja lá como escritora e autografando livros para meus
leitores também? A gente só não pode parar de sonhar.
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