Eu e minha primeira Bienal do Livro do Ceará.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Ultimamente tenho ido a muitos eventos culturais e isso tem me feito um bem danado. Do dia 08 a 18 do mês passado (novembro) ocorreu no novo Centro de Eventos de Fortaleza, mais uma edição do Bienal do Livro do Ceará e como nunca tinha ido a nenhuma, fui conferir o que tinha por lá.

Antes de entrar no Centro de Eventos. Minha mãe, ao canto. 

E se você enlouquece ao se deparar com livros, fique sabendo que ao ir a uma Bienal, precisará chamar o hospício depois. Isso quase aconteceu comigo (risos). Surtei com tanta variedade naquele espaço inundado de gente. Apesar de que muitas das pessoas só estavam ali para ‘marcar presença’. Ou seja...

Como não deu pra ir nos 10 dias de evento, o que eu gostaria, só fui a dois. Na quinta (dia 15 de novembro), porque ia ter um bate-papo com a escritora infanto-juvenil, Thalita Rebouças. Sabe aquela linda e fofa que passa na tv, principalmente, na Rede Globo? Pois é, ela mesma.

O bate-papo estava marcado para o começo da tarde, então eu e minha mãe chegamos cedo. Confesso que nunca tinha lido um livro da Thalita, mas ela sempre agradou como pessoa fofa que é (e comprovei isso mais ainda naquele dia) e como escritora persistente, sempre buscando novos caminhos no campo profissional, o que me inspira profundamente.

E depois de muitas fãs aos berros ao ver Thalita ao lado do palco, o bate-papo começou e foi mediado por uma jornalista do rádio cearense. Apesar das perguntas clichês, a ‘fofautora’ sempre arruma um jeito de responder da melhor forma possível. Afinal, ela é comunicativa como ninguém. Depois abriram espaço para as perguntas da plateia, e entre o povo quase se batendo para ter uma chance de falar e a Thalita olhar diretamente pra eles, vieram mais clichês. Eu não perguntei nada, porque não era fã dela como as meninas que estavam ali, então achei que seria mais correto dar vez a elas. Mas entre tão perguntas comuns, duas mereceram destaque. Um garoto perguntou o que Thalita Rebouças faria se tivesse um filho gay e ela claro, respondeu como deve ser (diferente de outras pessoas da mídia já falaram muita m*rda sobre isso). Em resumo, disse que seria a melhor amiga dele. Tem como ser mais fofa essa escritora? A outra, talvez, foi a que mais marcou a todos no auditório. Apesar de que não foi muita uma pergunta e isso um desabafo. Uma mãe disse ser diferente da maioria das mães, porque gostava de pular de paraquedas, fazer coisas radicais e que sua filha implicava com isso (detalhe é que ela ficava olhando pra trás querendo mostrar a implicante, sua filha). Esse momento foi super-engraçado.

A galera esperando pela Thalita.
Depois de algumas horas de conversa, e mesmo antes do fim, a fila pra pegar autógrafos e tirar fotos com a Thalita Rebouças, já era imensa. Passamos por, mais ou menos, duas horas de espera, mas que valeram a pena. Pois a medida que fila andava, meu coração se enchia de ansiedade. Poxa, ficar pertinho de alguém famoso? Não é todo dia, né? (risos).

A ''pequena'' fila.

Então chegou nossa vez. Eu me tremia toda. Disse meu nome e ela o elogiou para minha mãe. Sério que a Thalita fez isso? Porque eu não conseguia acreditar naquele momento. Depois de tanta gente querendo a atenção dela e ainda tinha fofura pra esbanjar desse jeito? Linda, muito linda mesmo. Ela autografou os três livros que eu segurava e eu disse que um deles, eu queria sortear para vocês, leitoras do DEScomplicando. Thalita Rebouças adorou a ideia. Aproveitei pra papear um pouquinho. Disse que cursou Jornalismo, como ela já cursou, e que queria ser escritora. Foi ótimo receber apoio. Então tiramos fotos, e eu nada besta, pedi para que ela beijasse meu rosto. Eu poderia perder essa chance?

Eu, Thalita e minha mãe. Essa foto está no site da autora, disponível aqui.
Thalita mais do que linda.
FOFAAAAAAA!
Thalita, toda linda, prestando atenção no que eu dizia.
O dia 17 prometia ser mais cansativo ainda. Fizemos uma ''parada'' antes de partir para o novo Centro de Eventos de Fortaleza. Eu, minha mãe, Willian e Nayara fomos primeiro ao Espaço Cultural da UNIFOR e lá encontramos com Lorena e Jordão. Iríamos conferir as exposições O Egito Sob o Olhar de Napoleão e Estudos Guerra e Paz, de Cândido Portinari. Muita cultura para uma tarde só, vocês não acham?  

Ao chegar aos arredores do Centro de Eventos nos deparamos com a fila enorme. Teria show do Zeca Baleiro naquela noite, mas eu não sabia que ele TANTOS fãs na capital cearense assim. Mas sei lá, tudo que é de graça atrai muita gente mesmo. Eu até iria, pois curto as músicas do cara, mas no mesmo horário do show dele, eu tinha um compromisso mais importante para conferir no Bienal. Era uma aula-espetáculo sobre Luiz Gonzaga, comandada pelo arte-educador Carlinhos Perdigão, que foi meu professor de Língua Portuguesa I e é um baterista duc*ralho, mais uns músicos super bacanas (Onni Matos e Marcelo Justa) e sem esquecer do humor por parte do meu colega de turma, Gil Soares.

Enquanto isso, andamos e muito pelos corredores repletos de livros da Bienal. E coisa mais fácil do mundo era se perder ali, tanta gente e um espaço imenso. Meus olhos brilhavam. Fiz a festa. Comprei um monte de livros, que já poderia montar a minha própria biblioteca. Estava imensamente feliz.

Minhas aquisições.


A noite chegou e nos dirigimos até a sala onde ocorreria o espetáculo. Eu não sabia o que esperar. Confesso de que tinha receio de que fosse algo chato, mas me enganei completamente. O ambiente estava vazio no começo e isso me deixou com medo. Não sabia o que estava por vir, mas de uma coisa eu tinha certeza: se tinha Carlinhos Perdigão, só podia ser de qualidade. A aula começou e a mistura entre forró das antigas e rock e blues, deu um som super gostoso de ouvir, não é a toa que isso acabou atraindo curiosos que passavam por ali e ouviram, lotando assim a sala por uns bons minutos. Foi interessantíssimo conhecer a história do mestre Luiz Gonzaga de uma forma tão dinâmica.


Somzaço!
Parte final do espetáculo: a galera dançando ao som de frevo,
no melhor estilo Gonzagão.
Carlinhos Perdigão e sua fiel companheira, a bateria.
O ator e humorista, Gil Soares.
Lorena, Eu, Miro, Mariana, Diego, Gil, Perdigão e Willian.

E assim chegou a fim minha ida a Bienal do Livro pela primeira vez. Espero ir à muitas outras edições, pois trata-se de uma ótimo evento de incentivo ao conhecimento, à literatura. Quem sabe um dia, eu esteja lá como escritora e autografando livros para meus leitores também? A gente só não pode parar de sonhar.












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