Algumas explicações: antes de qualquer coisa, quero pedir sinceras desculpas ao meus leitores, por ter deixado o blog tantos dias desatualizado... MAS! Parem de lamentar (risos), porque EU VOLTEI. Fiquei de férias da faculdade HOJE (sim, minha faculdade quase queria emendar o ano letivo de 2012 com o de 2013, mas agora está tudo bem). Tentarei arrumar o blog e postar ao máximo possível (contanto que o mundo não acabe até lá... mais risos).
Eu e o escritor Ricardo Kelmer em uma noite kelmérica. |
A palestra com o
escritor Ricardo Kelmer,
proporcionada pelas professoras Dalu (minha professora de Língua Portuguesa II)
e Lenha, foi o ápice de toda a semana e fechou com chave de ouro tamanho evento.
E era perceptível a grande expectativa que pairava sobre o ar e uma mísera sala
de aula não foi suficiente para suportar o contingente de pessoas que
aguardavam por Kelmer, o convidado ilustre da noite.
O começo da palestra. Da esquerda para a direita: Lenha, Edmundo (coordenador), Ricardo Kelmer e Dalu. |
Locomovemo-nos, então, ao
auditório, que logo ficou fervilhando de mentes ansiosas para conhecer o tão já
comentado convidado ilustre. E confesso: também estava ansiosa. Afinal, não é
todo dia que se conhece um escritor, não é? Ainda mais quando se quer seguir
por esse rumo das palavras, tais encontros acabam por revolucionar a vida de
alguém. E eu sentia que isso estava prestes a acontecer comigo.
Após uma espera, que
parecia interminável, eis que olho pra trás e vejo alguém que poderia ser
Ricardo Kelmer. Não sou boa fisionomista, mas reconheço quando alguém, importante
e diferente do normal, transita no mesmo local que eu. Sim, era ele. Logo foi
possível ouvir comentários desnecessários que partiam de bocas sem noção: ‘‘Nossa! Como ele é feio, velho e careca.
Totalmente diferente da foto do banner’’. Sério que não tinha mais nada pra
falar? Não suporto essa gente que tira impressões, altamente precipitadas,
levando em consideração apenas a casca de um ser, que por sinal nem parou pra
olhar com cautela. Espera ele abrir a boca e começar a falar primeiro, pôxa.
Eu, pelo menos, achei o escritor extremamente charmoso logo de cara. Deve ser
porque literatos fazem com que a gente se atraia mais fácil. Será algum veneno
mortal que eles usam? Não sei, mas que a qualidade ‘‘interessante’' vai a mil,
isso vai.
Então, Kelmer, Dalu e
Lenha foram lá pra frente, sendo que foi impossível não notar que o cara usava
óculos escuros em plena noite. Como sou daquelas que curtem coisas fora do
comum, gostei do estilo ‘‘ah, não estou
nem aí que não tenha sol, quero mais é ser feliz’’.
O CARA! |
Ele trouxe uma seleção
de seus textos para mostrar pra gente. Seguindo alguns pedidos e lendo outros
por conta própria, foi mágico ouvir, da boca do autor, suas criações
interpretadas por um tom de voz que sabe exatamente o que está fazendo. Achei
algo bastante digno. Do que foi lido, meu preferido foi ‘‘Inculta e bela, dengosa e cruel’’. Que só pelo título, pensei ‘‘O cara tem a cara de galanteador, com o
título desses, só pode ser sobre um rabo de saia’’. Enganei-me, mas de
certa forma é sobre uma mulher sim. Mas não uma mulher propriamente dita. Era a
personificação da capital cearense. Quando ele terminou de ler, meu queixo
batia ao chão. Como alguém poderia ter sido tão, espetacularmente, feliz ao
falar de uma cidade? Amo meu Ceará, mas não sei se teria a mesma competência e
genialidade para escrever algo, pelo menos, parecido. Percebi a relação linda
que Kelmer tinha e tem, apesar de longe, com Fortaleza. Uma coisa meio na onda:
‘‘Te deixo agora, porque é melhor pra mim
e pra você, mas prometo voltar’’. E é isso o que ele faz. Como já bem dizia
a boa e velha sabedoria popular, afirmando que o bom filho à casa sempre
retorna.
Outro ponto que merece
destaque, ao meu ver, já foi no momento em que abriram espaço para perguntas e
alguém questionou se ele não tinha receio de falar sobre os órgãos sexuais de
maneira tão explícita e Kelmer foi enfático ao dizer que não teria porque se
censurar. Se quisesse ser explícito, seria. Agora me diz, como não se encantar
por esse autor? A-do-ro gente assim, que
não tem medo algum do que escreve. Porque negar seu jeito de compor textos é o
mesmo que negar a si próprio, o que de longe, percebe-se que não é coisa da
personalidade marcante de Ricardo Kelmer. Ainda bem.
Ufa! Cansei! Difícil é
parar de proferir elogios à palestra do último dia 30. Só sei que aprendi,
vivenciei e acima de tudo, admirei. E muito. Nunca havia tido uma proximidade,
mesmo que acanhada, com um escritor tão incrível. É por essas e outras, que
cada vez vou nutrindo mais certeza do caminho que quero trilhar na minha
existência. Talvez um dia eu consiga ser tão foda quanto o Kelmer, mas isso é
só um temoroso e tímido: talvez.
Para descobrir mais sobre Ricardo Kelmer e conhecer seu trabalho, confira os links do autor:
- Facebook
- Twitter.
Se liga na figura! :P |
Eu espero que quando eu estiver na minha faculdade, eu tenha palestra legais assim também, porque eu sou simplesmente amar. Não conheci o autor, como sempre. QUE NOVIDADE! Enfim, adorei o post!
ResponderExcluirEstou de volta! Ok, eu acho. Estou respondendo os comentários atrasados de dois meses atrás (sim) e espero não ter que abandonar mais o blog. Isso da muito trabalho, pelo amor de Deus!
Beijos,
Monique <3
http://www.secretsofalittlegirl.com/
Nossa, Herlene, que texto bacana!
ResponderExcluirVocê soube repassar emoções, questionamentos, opiniões e a sua GRANDE admiração pelo autor!
Deve ser muito bom, para quem escreve, saber que inspira alguém!
Fico feliz que o KELMER tenha "tocado" você! :)
Beijão, lindona!
Parabéns pelo texto. Espero que prossiga escrevendo pois vê-se que você pode ir longe. bjs
ResponderExcluirParabéns pelo texto. Espero que prossiga escrevendo pois você pode ir longe. bjss
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