Seja diferente! É mais legal, viu? |
A humanidade
pode, ''facilmente'', ser dividida em: Pessoas inconformadas ou conformadas. E quem
seria capaz de distinguir uma da outra, sem cometer nenhum equívoco? Mas vou
logo avisando: Não é apenas o prefixo ''in'' que faz toda a diferença. Visto
que a dicotomia em questão não é tão superficial quanto parece e envolve
fatores que vão muito além da mera ortografia.
Há quem ouse
acreditar que ser inconformado, por exemplo, é coisa de gente feia, infeliz e
sem expectativas de um futuro promissor. Mas que tristeza é saber que tem gente que
insiste em pensar assim, dessa maneira tão grotesca, estereotipada e limitada.
Ser
inconformado, como a maioria das coisas da vida, é uma moeda de duas faces, uma
faca com dois gumes, uma via de mão-dupla. E ressalto que não vejo nada de
errado no fato de alguém escolher ser inconformado, porque o problema, na
realidade, está nessa gente que não é inconformada com nada. Gente que deixa as
injustiças do mundo passarem por entre seus fios de cabelo e que logo abaixa a
cabeça, sem sequer bater o pé ou ecoar um grito de ''basta'', não desce pela
minha goela. E de pessoas assim é melhor manter distância.
A jornalista
e escritora, Danuza Leão até já deixou claro, em um de seus inúmeros textos, que
não se conformar é uma maldição. E enveredando por tamanho raciocínio, o
conformismo poderia ser visto como uma espécie de benção, isso sim. Afinal, se
fazer de indiferente e não se revoltar diante das atrocidades mundanas, poupa
estresse e ainda deve fazer um bem danado para a pele.
Não sei
dizer se o conformismo acontece por recomendação médica, nem sei se possui
eficiência terapêutica comprovada, mas o que é possível perceber é que, cada
vez mais, as pessoas estão aderindo à prática do ''me conformei e que se
exploda o mundo''.
Ser
conformado até pode ser coisa de gente quer levar a vida no ritmo de ventos
mais suaves, mas não sei se confio nessa perspectiva. Haja vista, que o
conformismo com o qual me deparo diariamente está mais com cara de ''só o meu
mundinho importa e não quero saber de mais nada'' e também aparenta ser amigo
íntimo do comodismo.
O
conformismo nos fazer padecer bem antes do fim. É prático, simples, rápido e
indolor, mas não cessa a minha sede de luta, a minha ânsia por revolução de
mentes. É barato, mas silenciar custa muito caro. O conformismo não me
satisfaz, mas se ele satisfaz você, já podemos chamar isso de maldição.
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