Meu amor kriptonita.

Entraste como redemoinho e eu estava tão inebriada com aquela sensação que nem ouvi a porta bater. Quando dei por mim, já havia encontrado seu sorriso em meio à escuridão daquele quarto tão úmido. Seu sorriso esquentou o ambiente. Esquentou-me. Por dentro. Por mais que quisesse demonstrar que não estava afim, não conseguiria. Seus encantos já haviam entrado em contato com meu ponto fraco. Minha terrível kriptonita.

E o seu olhar então? Aquele que diz tudo, sem em momento algum abrir a boca. Para os seus lábios, quero uma única função. A de estarem entrelaçados aos meus. Será que é tão difícil entender os códigos? Sabe? Aqueles ‘segredos de querer’ que passam de mim pra você?

Estou aqui. Gritando em silêncio o que quero realmente te dizer. Você consegue escutar? Para um pouco com essa sua mania de correr atrás do comum e tenta me escutar. Só um pouco e você vai me entender ou pelo menos é isso que eu espero. O medo do não eu sei que ecoa em mim. Você agora consegue escutar? Eu sei que é possível.

Mesmo que quase imperceptível, eu estou ali, do seu lado e você não esboça nenhuma reação que faça correr para os seus braços. Eu confesso que ainda estarei por perto. Não sei por quanto tempo. E nem sei vai durar até o próximo verão. Quem sabe até lá, você me perceba como deve ser.