Retorno.

De tanto amar, amar e amar mais me esgotei. Gastei todas as forças possíveis e imagináveis, com essa coisa louca que amar desenfreadamente... Mas me desiludi tanto, que aos poucos fui criando uma barreira – intransponível – entre mim e os outros. Bloqueei-me. Blindei meu coração de tudo e todos. Não aguentei muito tempo. Sou uma espécie de romântica às avessas.  Tem horas que fico insensível e até parece que no lugar no meu coração, há uma pedra de gelo, mas também tem horas que pareço aquelas menininhas bobinhas. Chorando pelos cantos por um cara, ilusoriamente, considerado príncipe encantado.

Lutei, desisti e agora retornei para lutar mais uma vez por esse amor que eu tanto acredito. Sei que parece mais sonho, do que realidade, mas estou disposta a continuar lutando, mesmo que signifique uma guerra exaustiva entre razão versus emoção.

Estive longe por um tempo. Longe do realmente sou. Do que verdadeiramente sinto... Mas agora voltei. Só não sei se foi pro ficar. Pra amar como deve ser. E como deve ser? Tenho que seguir regras para que meu amor seja válido? Ah... Já tentei tanto, que nem sei por onde recomeçar. Apenas sei que é disso que preciso. Sem amor, a gente vai secando, murchando por dentro. É como se algo sugasse tudo que de mais belo existe dentro de nós. Podemos dar uma pausa. Recarregar as baterias, mas jamais desistir por completo. Porque só o amor é feito de finais e recomeços.

‘‘Tente outra vez!’’