Sobre o que você não fez.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014


Você nunca disse ''eu te amo''. Nem ''gosto de ti''. Muito menos ''quero ficar com você até o amanhecer''.
Você não olhou pro meu rosto e sorriu.Você não ficou, mesmo quando deveria ir. Você não chorou pela minha ida. Você não me disse pra ficar. Você não gritou meu nome, nem me pediu pra voltar. Você não sofreu com a nossa distância. Nem correu em busca do meu abraço. Você não me roubou um beijo. Nem segurou minha mão quando me viu chorar na tua frente. Você não me fez rir feito louca. Nem enxugou minhas lágrimas quando meu mundo quis desabafar. Você não segurou meus livros naquele dia de chuva torrencial depois da aula. Nem sentou ao meu lado só para se sentir mais perto de mim. Você não me procurou na hora do intervalo, mesmo vendo que eu estava sozinha. Você não se aproximou. Você não me deixou a chance de saber o que você sentia. Você não permitiu que eu me aproximasse. Eu não sabia. Eu não pude sentir. Eu não consegui sentir. Nem ver. Nem te ver. Nem te sentir.

Eu segui solidão.
Fui vulto.
Um rasgo profundo.
A tua assombração. 

Você, coração,
Só ninho...
Sem passarinho. 

Você não fez nada. Eu não percebi nada. Fomos nada. 



Ode ao corpo tu.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014



Arrepio que corre solto pela espinha.

Tu.
Me debruças
Nu.

Contorce.
Retorce.
Ver para crer.

Meu corpo ferve.
Incandescente.
Reluzente.

Beija-me a nuca
Incendeia-me a alma.

Ferve-me um pouco mais.
Mais quente, por favor.

Sussurra
Respiração ao pé do ouvido.
Cada pelo a gritar
Sem saber
Aonde é o seu lugar

Que lugar?

Segue a me enveredar
Nem consegue mais parar.
Até onde isso vai dar?

Dar.
Lambuzar.
Gritar.
Por você.
Suplicar.

Abraços intensos.
Sem tormentos
Nem ao frio temer.
Tremer.
Curvas a percorrer.
Correr.

Porque aqui queima
Junção de corpos
Que até escuridão clareia.
Quando isso vai parar?

Falta ar.
Procurar.
Encontrar.
Não largar.

Viramos nós
Estamos sós.

Fica mais.
Ferve mais.
Está quente.
Não me solta.
Volta.

Ainda há tempo.
Não nos perdemos no vento.
Hora de recomeçar.

Entrelaçar.
Suspirar.
Gozar.
À vida.

Quem sabe amar.
Até amar.

Quem disse que não dá?


TEM NOVIDADE: Dos comentários que me fazem sorrir! ;)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Correeeee!
''Dos comentários que me fazem sorrir! ;)'' é uma iniciativa do blog DEScomplicando, com o principal objetivo de valorizar seu leitor fiel. Aquele leitor que não comenta só por comentar ou para pedir em uma 'visitinha' em troca... Mas aquele leitor-amigo, que lê o texto até o fim e comenta algo que te faz sorrir.


  • COMO FUNCIONA: Postarei print's (com uma devida carinha feliz, é claro) dos comentários que me arrancarem um sincero sorriso aqui no DEScomplicando (isso pode ser todo o dia, uma vez por semana... quem sabe?) E eu sei que isso pode parecer pouco, mas acredito que o 'pouco' é capaz de fazer uma baita diferença, e essa foi uma maneira simples e singela que arranjei para valorizar e reconhecer a importância dos meus leitores incríveis.

  • ONDE?: Os prints serão postados no álbum ''Dos comentários que me fazem sorrir! ;)'' que já está disponível na fanpage do blog (clique aqui).

  • ALGUMAS OBSERVAÇÕES: Como tive essa ideia hoje, o primeiro comentário (veja) escolhido por mim foi um comentário feito hoje (17 de janeiro de 2014), no post ''Talvez se eu fosse...'', mas NÃO FIQUE COM CIÚMES, porque isso não me impede de voltar a sorrir com comentários antigos, viu? E ah, talvez essa ideia ganhe uma página E-X-C-L-U-S-I-V-A aqui no blog... Legal, né?

Espero que gostem da ideia e que isso também faça com que vocês comentem cada vez mais aqui no DEScomplicando! Beijos e obrigada pela atenção!

Talvez se eu fosse...

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014


Talvez se eu fosse menos estranha. Talvez se eu fosse menos louca. Talvez se eu fosse menos neurótica. Talvez se eu fosse menos paranoica. Talvez se eu fosse menos teimosa. Talvez se fosse menos impaciente. Talvez se eu fosse menos ansiosa. Talvez se eu fosse menos orgulhosa.

Talvez se eu fosse menos poesia.
Talvez se eu fosse mais prosa.

Talvez se eu gostasse mais de festa. Talvez se eu tivesse mais amigos. Talvez se eu soubesse fazer novos amigos. Talvez se eu não esperasse tanto dos outros. Talvez se eu gostasse de baladas. Talvez se eu gostasse (e soubesse) dançar. Talvez se eu gostasse de beber. Talvez se eu gostasse de só experimentar. Talvez se eu curtisse mais. Talvez se eu me divertisse mais.

Talvez se eu não odiasse tanto multidões. Talvez se eu soubesse socializar. Talvez se eu não fosse tão tímida. Talvez se eu soubesse puxar com conversa. Talvez se eu não fosse tão boba. Talvez se eu me importasse menos com que os outros vão achar. Talvez se eu não fosse diferente da maioria. Talvez se eu conformasse. Talvez se contentasse. Talvez se eu fosse só mais uma.

Talvez se eu fosse menos detalhista. Talvez se eu fosse mais prática. Talvez se eu falasse menos. Talvez se eu ouvisse mais. Talvez se eu fosse menos chata. Talvez se eu fosse menos rabugenta. Talvez se eu fosse menos medrosa. Talvez se eu não fosse tão triste. Talvez se eu fosse menos depressiva.

Talvez se eu fosse menos coração.
Talvez se eu fosse mais razão.

Talvez se eu não sofresse tanto por qualquer coisa pequena. Talvez se eu conseguisse sorrir com maior frequência. Talvez se eu conseguisse me alegrar, pelo um menos, um pouquinho todos os dias. Talvez se eu soubesse aproveitar a vida.

Talvez se eu conseguisse amar pra valer. Talvez se eu não romantizasse tudo. Talvez se eu conseguisse me declarar. Talvez se eu conseguisse expressar quando gosto de alguém. Talvez se eu sonhasse menos. Talvez se eu realizasse mais. Talvez se eu não complicasse tanto. Talvez se eu descomplicasse mais. Talvez se eu não fosse 8 ou 80. Talvez se eu fosse só 8. Talvez se eu fosse só 80.

Talvez se eu fosse menos online.
Talvez se eu fosse mais off-line.
Talvez se eu não fosse tão preguiçosa.

Talvez se eu não me apaixonasse tão fácil.  Talvez se eu beijasse mais. Talvez se eu abraçasse mais. Talvez se eu soubesse abraçar. Talvez se eu confiasse mais nas pessoas. Talvez se eu conseguisse me permitir.


Talvez a gente pudesse dar certo. Só talvez.


{Playlist nacional}: Amorzinho!

domingo, 12 de janeiro de 2014

Só porque faz tempo que não faço nenhuma postagem musical. 
Só para curtir o som agarradinho ou até mesmo sozinho...

















Gostou? Tem alguma música especial que te faz lembrar daqueeeele amorzinho? Conta pra gente! 

O amor dói... Já te contaram isso?

sábado, 11 de janeiro de 2014

Daqui.
Por mais que eu tente me fazer de forte, indestrutível, muralha de vidro... Eu sempre fui do amor. Amo fácil. Amo até não aguentar mais. Até a derradeira dose, até o último suspiro. Podem duvidar de tudo em mim, mas não duvidem da minha capacidade de amar. Meu amor é algo que não sei regular. Meu amor é desenfreado. É trem descarrilhado. É chuva molhando o telhado. É comprar doce e salgado em dia de mercado.

Mas eu nunca me contentei. Nunca gritei. Nunca declarei aos bons ventos. E também nunca ouvi o que queria ouvir... Tenho amores reprimidos, que vez por outra, ainda sangram em peito aberto. Amores recuados, calados, quase que amedrontados. Porque eu tenho um defeito sério: Amo além da conta. Amo quem não devo amar. Amo que não merece meu amor. Amo tanto, que sofro em dobro. Sofro por mim e pelo meu amor.

Quem não quer ver o amor com algo divino? Lindo? Mágico? Mas a gente se machuca. A gente se despedaça. Vê o coração se diluir. Observa o nosso ser, a nossa alma, o nosso eu... Desmanchar-se no ar. Porque o amor dói e dói muito. Dói como uma bala que atravessa o corpo em um piscar de olhos. Dói como uma facada desferida por uma mão‘amiga’. O amor dói até como coisas simples do dia a dia. Dói como gripe em noite de festa com a galera. Dói como levar bomba naquela prova de física. Dói como saber que a pessoa que você tanto admirar, sequer faz ideia da sua existência. O amor dói e quem disser o contrário, só vai fazer doer mais ainda.

Eu ainda estou dolorida e nem sei quando tamanha dor (de amor) vai passar.


Why not?

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Mavis e Jonathan (Hotel Transylvania).

Você diz que acha meu cabelo curto atraente e que gosta da minha paixão por tênis, mas odeia minhas meias. Diz que detesta gatos, mas afirma que aprenderia a gostar deles por mim. Você diz que gosta do meu ''jeitinho magrela''. E que meu senso de humor te conquista. Diz que me acha bonita e que me admirava calado. Eu sorrio feito besta e você me arrebata dizendo que gosta do meu sorriso. Que louca eu seria para não me encantar por você?

Ultimamente, você tem repetido muito esse verbo pra mim: GOSTAR. Assim mesmo, com todas as letras bem pronunciadas e em destaque. E eu? Eu não sei o que fazer ou dizer, mas você continua dizendo. Diz que quer ficar comigo, que me quer aí contigo. Quanto QUERER, não é? QUERER... GOSTAR... E eu? O que eu faço? Como deve reagir? Ainda estou processando tudo isso. Mas você não para de me confundir.

Você fala sobre o meu tédio e afirma, com uma confiança assustadora, que poderia me tirar dele. Mas você não quer ficar sozinho. Confesso: Nem eu. Você ainda diz que a gente poderia ser divertir tanto... Você quer me levar para uma praia deserta, para um filminho juntinho com pipoca e brigadeiro de panela, para o meio das cores, para tanto canto... Mas, principalmente, para o mundo que me espera lá fora. Você quer me levar e eu quero ir. Com você. Eu quero tanto, mas tenho medo desse querer todo me ferir, me rasgar, me afundar num emaranhado de sentimentos que ainda não sei como descrever.

Mas você sabe bem: Eu tenho medo. Não é medo só de estar sendo instigada a sair do meu casulo ou de ''me permitir''. É medo de tudo que pode acontecer. É medo de me jogar de cabeça nessa empreitada e cair de cara no chão. É medo disso tudo não ser pra valer. É medo de sofrer. É, eu continuo repetindo: Tenho medo. E muito.

Você ainda diz que somos tão diferentes. Eu, gaiola e você, passarinho. Lembra que os opostos se atraem. Afirma que nunca acreditou nisso, mas que no ''nosso caso'' é verdade. E eu, como autodestrutiva que sou, encho a boca pra dizer que, uma hora ou outra, você vai cansar de mim. E você, sempre dotado das palavras sedutoras, diz que não cansa do que gosta, do está interessado. Mas eu insisto para saber até onde você está disposto a ir e pergunto se quer desistir. Mas você não desiste. É teimoso. Parece até comigo.

E apesar de você, otimista e eu, depressiva, no momento, só tenho uma coisa pra te dizer: Why not?


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