Com a cabeça em tempo de explodir.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Não sei ao certo, pois nunca fui a melhor pessoa do mundo para lidar com números, datas e equivalentes, mas creio que fazem uns 3 a 4 anos que sofro com dores de cabeça diárias. Sim, você não leu errado. Salvo o dia que eu não sinto uma dorzinha de cabeça, pelo menos, por algumas horas. E tem dias (a maioria deles) que essa ‘dorzinha’ dura 24 horas. Você acha que é fácil?

A sensação é de que minha cabeça vai explodir a qualquer momento. Fico mais irritada que o normal e não consigo me concentrar em nada. NADA MESMO! Quando estou assim, pode ter certeza que será um dia perdido. Não consigo escrever direito, conversar com ninguém e nem me aquietar num canto.  Se eu mesmo não aguento quando estou padecendo com dor de cabeça, imagina os outros, não é?

Já experimentei inúmeros tipos diferentes de medicamentos para dor de cabeça. Pareço mais uma ratinha de laboratório de tanta droga lícita que já tomei, na tentativa de que alguma fosse milagrosa ou sei lá o que e amenizasse a minha dor infinita. Mas nunca dá certo. Pelo visto, todos esses remédios foram e continuam sendo fracos demais para a intensidade do meu problema.

Então é ai que vocês fazem a pergunta mais importante: ‘E você nunca foi a médico não?’ E na cara dura eu respondo: Não, nunca fui a um especialista para descobrir a origem do meu problema. Podem me julgar por causa disso, mas creio que tal coisa acontece bastante com qualquer pessoa. A gente sente uma dorzinha aqui, uma dorzinha ali, os meses passam, os anos passam e a gente vai deixando pra lá a visita ao médico. Parece até que conviver com isso é algo bom. Não é mesmo.

Recentemente, tentei dar um basta nisso tudo e fui à procura de um especialista que descobrisse esse mistério que me atormenta a cabeça e me curasse disso. MAS, infelizmente, descobri que meu plano de saúde tem uma carência enorme de neurologistas. Não sei o que fazer. Encontro-me em um beco sem saída e continuar vivendo com enxaqueca se tornou o meu martírio.



Então, esse texto foi como uma espécie de desabafo sobre o meu problema com as dores de cabeça, que pra mim, de tão intensas já ''evoluíram'' para enxaquecas. Sinto-me péssima e queria compartilhar isso com vocês, minhas leitoras linda e meus leitores queridos. Até porque, esse meu estado repercute na falta de atualização do blog. E ah, quem puder dar uma dica de ''remedinho caseiro da vovó'', que possa me ajudar, por favor! 










[PLAYLIST] Especial Red Hot Chili Peppers.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Em razão do sucesso que foi a playlist ''Especial Lily Allen'', fiz uma enquete para saber qual banda de rock os leitores gostariam de ver/ouvir na próxima seleção de músicas (o resultado foi esse). E fiquei muito feliz com a vitória de Red Hot Chili Peppers, apesar de que eu não teria problema nenhum em fazer playlist com qualquer uma das outras opções.

A formação mais famosa:  John Frusciante, Anthony Kiedis, Flea e Chad Smith.
Tenho um amor imenso por essa banda, mesmo tendo a ''conhecido'' de verdade só em 2011, por causa do Rock In Rio. Sei que é pouco tempo pra declarar tanto amor, mas fazer o que, não é? Nessas coisas a gente não manda e nem tem controle. Quando escuto algo e gosto, fico in love no mesmo segundo. E assim foi com Red Hot Chili Peppers ao assistir o show dos caras pela tv.


Atual formação.

Recentemente, tive a oportunidade de assistir também à um documentário sobre a história da banda e o que dizer? Fiquei mais apaixonada ainda! Uma história de luta e resistência diante todos os obstáculos que apareceram. E não foram poucos, viu? O uso de drogas, dos mais diversos tipos e intensidades, foi o maior vilão desde o início. Mas eles foram mais fortes. Alguns integrantes das formação iniciais, não resistiram, mas isso não fez com que o restante se rendesse.  E isso eu admiro muito mesmo. 


Anthony Kiedis, o vocalista do Red Hot Chili Peppers, por diversas teve de se internar em clínicas de reabilitação em outros países, em busca de tratamentos que fizessem efeito de verdade. Por mais que ele estivesse, de certa forma, destruído com todas as consequências que o uso contínuo das drogas lhe causava - o impossibilitando de comparecer à alguns shows e tudo mais - sempre existia algum resquício de esperança. 

Além da recuperação do corpo, Anthony almeja o equilíbrio da mente e da alma. Com o tempo, ele alcançou o que tanto queria e pode se manter mais forte do que nunca. Cresceu como homem e, evidentemente, no campo profissional. 


Considero essa banda uma fênix, sempre ressurgindo das cinzas e cada vez mais imponente. Nem sei mais o que dizer. Acho que já elogiei bastante os caras e vocês ficaram cansados. Vamos conferir a playlist que separei? Espero que gostem!

 - Otherside




-  The Adventures of Rain Dance Maggie




- Brendan's Death Song



- Hey



- Parallel Universe




EXTRA! - Under The Bridge  (sobre a batalha do Anthony e da banda, contra as drogas)





- Para ler a biografia da banda, clique aqui
- Quer ouvir a discografia INTEIRA? Então vem aqui.

Flea HAHAHA

E ai? Gostou? Mas eu só vou saber mesmo se você deixar seu comentário :)
Obrigada e até a próxima!











Minha fé estremecida.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013



Antes de você começar a ler o texto, quero deixar uma coisa clara: não quis ofender a fé ou crença de ninguém. Cada um acredita no que bem entender. Essa é tal da livre escolha e é através dela que eu também posso emitir minha opinião sobre o assunto. Espero que entenda! Beijos e boa leitura :) 

É incrível o fato de como posso ter certeza de tanta coisa e não saber nadica de nada de várias outras. Por exemplo: eu não sei definir minha crença religiosa ao certo. Na teoria, sou católica. Fui batizada, fiz a primeira comunhão... Mas isso não basta.

Não houve nenhuma mudança em mim que me fizesse encontrar com o Ser Todo Poderoso (como muitos juram ter acontecido), para que Ele fizesse uma transformação em minha vida. Longe disso. Cada dia eu me afasto mais e sinto que isso não me faz bem. Minha fé há tempos anda estremecida.

Sou daquelas que invocam o nome de Deus apenas para pedir alguma ajuda, como se Ele fosse algum tipo de atendente de loja que esnobamos no começo, mas logo chamamos quando não encontramos o que queremos. E isso é errado, eu sei, mas não serei hipócrita ao ponto de afirmar coisas que não condizem com a minha realidade.

Afinal, quem é Deus? Por que desde que me entendo por gente, que me induzem a acreditar nele? Por que não me apresentaram a outras crenças? Por que não me proporcionaram a liberdade de escolha? Gostaria de ter a chance de dizer no que quero ou não acreditar e não ter que nutrir uma fé cuja origem eu desconheço.

E o que realmente me revolta são os fanáticos religiosos e são eles, aliados à fatores negativos meus, que me fazem ficar cada vez mais distante do caminho dessa fé. Não suporto quem emana ladainha de religião 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isso pode ser até fé demais na qual a pessoa está imersa, mas tudo tem limite. Num país onde não se pode desviar de rumo e onde a maioria é católica, virar a cara diante disso é como dizer ‘ei, sou diferente e não acredito e nem quero fazer tudo que a Igreja ordena e a bíblia é só mais um livro qualquer pra mim. Julguem-me’.

Minha intenção não é de pagar de radical extrema ou revoltadinha, só queria deixar claro o quão complicado é todo esse lance de religião e Deus pra mim. Creio que preciso ler mais. Sobre tudo e todos. Desculpe quem se sentir ofendido com o que escrevi, mas só quero encontrar o meu lugar nesse mundo e espero estar perto disso. Não é fácil estar perdida e desorientada assim. 










Do que me falta e do que há de sobra.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013





Falta-me o amor próprio, o otimismo a cada manhã.
Sobra-me a nuvenzinha negra pairando sob minha cabeça
E a sensação de nunca ser boa o suficiente pra ninguém.

Faltam-me os sorrisos sem razão de ser.
Sobra-me a cara fechada e o peito truncado.

Faltam-me os amigos pra qualquer hora.
Sobra-me a solidão que não vai embora.

Falta-me a segurança de ser quem sou.
Sobram-me as incertezas se vão gostar ou não de mim.

Falta-me a visão dos horizontes infinitos.
Sobra-me o receio de não ir além.

Falta-me a leveza da existência.
Sobra-me o peso de carregar mais do que posso suportar.

Falta-me o amor e o carinho de um não sei quem.
Sobra-me o vazio na alma desocupada.

Faltam-me as gargalhadas despretensiosas.
Sobra-me o choro ininterrupto.

Falta-me o doce do céu.
Sobra-me o amargo do inferno.

Falta-me o sol e a sua luz.
Sobra-me a escuridão e as trevas que inundam.

Faltam-me as asas para voar.
Sobra-me o medo que me prende ao chão.

Falta-me tudo.
Sobra-me o nada.












Sobre a mina de ouro da Rede Globo: O BBB.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Beijo, Bial. 

Está certo, eu sei que vocês já devem ter lido ou apenas visto de passagem inúmeros links sobre BBB na última semana. Afinal, ‘a casa mais vigiada do Brasil’ tem esse poder sobre as pessoas. Pode-se até negá-lo, mas o programa faz valer sua fama gigantesca e gera lucro altíssimo. Rede Globo, Boninho e Pedro Bial que o digam.

Não é fácil chegar à 13ª edição de um mesmo reality, ainda mais quando o mesmo passa no Brasil. Não é querendo desmerecer as produções nacionais, mas lá fora é bem mais fácil ir mais longe e alcançar um horizonte infinito no quesito audiência. O público gringo aguça um forte gostinho de quero mais, diferente de nós brasileiros, que nos sentimos, extremamente, entediados quando algo demora a acabar. Então, qual a fórmula usada pelo Big Brother Brasil para ir além das expectativas de vida?

O BBB tem seu molde em fôrma estrangeira e isso já é um fator interessante a ser pensado. Aliás, sabemos desde sempre, que ‘nada se cria tudo se copia’, não é mesmo? Mas o que foi que fez o povo brasileiro pegar gosto em dar aquela espiadinha sem medo de ser feliz? Porque mais que dissemos que não, nós adoramos observar a vida alheia e ela passa a ser a nossa vida também. Pulamos de êxtase ao ver o circo pegar fogo, ao nos deparamos com barracos em pleno vapor. Tais sensações, sem dúvida, nos geram excitantes hormônios do prazer. Estranho? Mas coerente com a realidade e essa sociedade do espetáculo em que vivemos.

Espiadinha marota. 

Muitos são os que dizem que o BBB ‘emburrece’, que é alienante e tudo mais. Esses são ‘reclamadores’ que estão espalhados pelas redes sociais e enchem o saco de quem quer somente assistir ao programa sem compromisso algum. Porque é de futilidade que o homem também sobrevive. Os tais chatos-pseudo-intelectuais fingem não se render, mas só fazer isso para serem do contra e pagarem de cult. Desculpe, mas você está fazendo isso muito errado, senhor (a) babaca de plantão. Tente na próxima! Ao invés de reclamar tanto, vá ler os livros que tanto mandar os outros lerem. Porque simples é ‘se fazer’ de dono(a) da verdade plena e absoluta, difícil é mexer a bunda da cadeira e tomar a atitude que você mesmo(a) propaga aos 4 cantos do mundo virtual.

Em resumo, o que posso concluir é que o Big Brother Brasil respira quase que sem fôlego, como se tivesse corrido a maratona São Silvestre e a linha de chegada já se aproximasse. Mas será que existe um fim certo para a atração? Apesar das provas repetidas, das mesmices e das surpresas quase inexistentes, BBB é com um velho teimoso, que resiste firme a tudo e a todos, até quando se mantém vivo com a ajuda de aparelhos. Mas até quando será assim? Você ousa dar um palpite ou prefere ir para o paredão para opinar de verdade, sem receio de ser eliminado(a)? 


>>> Texto para a edição ''Solte o Verbo'' do projeto Bloínquês. 











Especial Lily Allen.


LINDA!
Cá estava eu assistindo ao finalzinho de um show da Lily Allen que passava no canal BIS, então lembrei que fazia tempo que não postava nada sobre e decidi fazer uma playlist especial da cantora. 

Eu acho a Lily Allen incrivelmente linda, talentosa e com uma forte dose de excentricidade que não poderia faltar. Ela é sexy e ousada, mas eternas santinhas não vão muito longe. E não costumo apreciar artistas que pairam sob a mesmice. Eu gosto é do que parece estranho e exagerado aos olhos da maioria.  

Diva!



''Lily Rose Beatrice Cooper (Hammersmith, Londres, 2 de maio de 1985) mais conhecida como Lily Allen, é uma cantora britânica. Lilly ganhou notoriedade na internet após postar vídeos no site MySpace, e atingiu a fama após o lançar seu primeiro single, Smile.'' (fonte)





Em show no Brasil, porque a make tupiniquim não nega.

Curiosidade: Procurando por fotos da Lily no Google, achei um link da Billboard Brasil, de agosto do ano passado, informando que a Lily Allen agora gostaria de ser chamada por Lily Rose Cooper e que o terceiro albúm dela estaria mais perto do longe. Fiquei surpresa, principalmente, com o lance da ''mudança'' de nome. Vocês sabiam disso? Gostam mais de qual nome? Eu curto mais ''Lily Allen''. 

Confesso que prefiro mil vezes ela de cabelo curto s2


Vamos à playlist: 


Fuck You - Essa música é um verdadeira tapa na cara da sociedade preconceituosa de plantão. E como a própria Lily falou no show que estava assistindo, não importa se você é gay, heterosexual ou seja lá o for. Eu concordo e muito com isso. O importante é ser feliz e sentir bem. Você está se sentido bem consigo mesmo? Então FODA-SE os outros. ^_^






Not Fair - Música sobre um cara super atencioso (até mais do que devia), só que há um problema com ele: não é bom de cama. E para Lily, isso NÃO É JUSTO!






LDN - Uma música que fala sobre o que Lily encontra ao andar em sua terra natal, Londres.





Smile - E não poderia faltar esse clássico que conta a história de uma garota, que ao ser traída e abandonada pelo cara que gostava, resolve SORRIR ao invés de se afogar em lágrimas. E além de sorrir muito, uma vingança básica sempre faz bem ao ego. Ou vai me dizer que não? 





O que acharam do post? Curtiram? Se tiverem alguma dica de cantor(a) ou banda que queiram que eu faça uma playlist, é só avisar. Beijos e até mais! ... Ah, não esqueçam de participar do sorteio DEScomplicando Thalita Rebouças (saiba como aqui), afinal não é todo dia que a gente tem a chance de ganhar um livro autografado por uma escritora tão fofa, não é mesmo?














Sorteio DEScomplicando Thalita Rebouças.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


Demorei muitíssimo para lançar este sorteio, mais do que devia, mas como não adianta chorar pelo post demorado, vamos ao que realmente interessa:

Como vocês viram neste post, em novembro passado eu fui conferir a Bienal do Livro do Ceará pela primeira vez e estive em um bate-papo com a ultra fofa autora Thalita Rebouças. Foi tudo tão legal, que tinha que compartilhar o momento de alguma forma com vocês e minha ideia na hora foi comprar mais um livro e pedir que a Thalita fizesse um autografado super especial para meus fiéis leitores, ou seja, todos vocês. 

Depois de horas na fila para chegar perto dela, conversei um pouquinho e contei minha ideia. Ela aprovou prontamente e ainda adorou o nome do blog (olha que chique, DEScomplicando). 
Como não amar Thalita Rebouças?

Thalita linda me ouvindo com atenção!

Então, pra você, leitora (ou leitor) do DEScomplicando, que conhece essa autora linda, que é fã, que já leu vários livros dela e até se não leu nenhum, essa é a sua chance de ganhar um presente MARAVILHOSO. Confere aqui:

O prêmio: autógrafo especial e ainda tem beijinho da Thalita *-*
Confira uma resenha no site oficial da autora. 
Para participar é bem simples. Basta ir à fanpage do blog, clicar na aba ‘promoções’ e depois em ‘quero participar’. Mas antes de fazer isso, algumas regrinhas são básicas:

- Curtir a fanpage do blog;
- Preencher o formulário.
- Compartilhar a imagem da promo.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

- Quem não cumprir todas as regrinhas poderá ter sua participação INVALIDADA.

- O sorteio ocorrerá no dia 24 de fevereiro -data do meu aniversário- mas poderá ser alterada, dependendo das minhas possibilidades de realização do sorteio no dia em questão.

- O ganhador ou ganhadora, terá 48 horas para responder ao e-mail com seus dados e ainda receberá, juntamente com o livro, uma cartinha escrita por mim.
Olha que coisa mais fofa e cute cute! 


E ai? Gostaram? Quero ver TODO MUNDO participando, hein? 










Das Dores.





Da dor sem pausa.
Da dor sem causa.

Da dor vivida.
Da dor sentida.

Da dor calada.
Da dor velada.

Da dor que enlouquece.
Da dor que entristece.

Da dor que paralisa.
Da dor que neutraliza.

Da dor que faz chorar.
Da dor que faz gritar.

Da dor que fica.
Da dor que finca.

Da dor que não passa.
Da dor que ultrapassa.

Da dor que faz gemer.
Da dor que faz sofrer.

Da dor por fora.
Da dor que demora.

Da dor por dentro.
Da dor bem ao centro.

Da dor escura.
Da dor sem cura.

Da dor que faz adoecer.
Da dor que faz adormecer.

Da dor que não esquece.
Da dor que comigo envelhece.













Amigos, amigos... Erros à parte!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Do filme Across The Universe.

O que define uma amizade? O tempo? A intimidade? As brincadeiras? Não sei.  Só sei que meus amigos e amigas, eu prefiro não definir. Isso é estranho. É como se eu os tivesse rotulando como objetos, como coisas banais. Eles não são assim. Eles são gente. Repletos de defeitos, assim como eu e como todo o resto do mundo.

Pessoas erram a todo o momento. Pessoas machucam umas as outras a cada segundo e isso soa como normal, mas não é. A chave da questão é errar, compreender o erro e tentar reverter à situação. Afinal, existe um abismo enorme que separa amigos de meros conhecidos. Amigos correm atrás do que fizeram de errado e tentam melhorar, porque sabem que aquela pessoa vale à pena.

Mas é tão difícil perdoar e admitir que você seja de carne e osso, mero mortal e por isso também erra e erra feio, não é? Sei como é tal sensação, porque por mais que eu tenha mania de perfeição, acima de tudo, sou humana e meu nível de ‘escrotice’ não é o dos mais baixos....

E apesar do fato de que eu não tenho autoridade nenhuma para dar conselhos, lá vai: Se você tem um(a) amigo(a) e errou com ele(ela), tente mudar de atitude enquanto há tempo. E se alguém errou com você, não jogue tudo pra alto. Ainda precisamos acreditar, pelo menos um pouco, na humanidade escondida nas pessoas, para que a vida tenha mais umas doses de sentido. Porque pode não parecer, mas nós sentimos quando devemos continuar lutando por alguém. Pessoas de coração bom não se encontram em qualquer esquina. Preserve seus tesouros. 



Tão clichê de internet, mas achei bem verdadeiro e condizente com minha realidade: 

“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.”
- Oscar Wilde. Loucos e Santos.










Das reflexões e devaneios diários.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013



Estava com tanta saudade disso. De me encontrar. De me perder do mundo, enlouquecer e então escrever com sangue as palavras que mais me atormentam. Jogar tudo pra fora. Um ‘tudo’ que ao mesmo tempo não sai. Que não desprende de mim, que cola e me desloca.

Eu reclamo e choro oceanos e faço o maior drama da face da Terra, mas continuo seguindo a trilha rumo ao fracasso.  Talvez eu seja mais uma daquele tipo de gente babaca que nasceu destinada ao caos psicológico. Daquele tipo que só é mais um peso para os outros. Que não faz nada e só sabe falar sem parar. Reclamar. Surtar. Essa, definitivamente, sou eu.

E sabe o que é pior? É o fato de me sentir assim. Sinto-me imersa numa imensidão de tristeza, num labirinto da solidão, do qual não consigo encontrar a saída. Pois a culpa é minha. Não me esforço. Se já dói tanto só ficando parada, imagina o quanto irá doer se eu tentar me mexer do lugar? Outro grande problema meu, que vocês já devem ter notado em outros escritos de minha autoria: eu esquematizado demais o futuros. Faço suposições, planos e o diabo a quatro, mas sempre negativamente, sendo esse o fator mais agravante.

Talvez minha vida fosse mais leve, se eu tornasse minha alma mais leve. Mas como faço isso? Como se tira o peso das costas? Como se larga o fardo? Talvez a resposta seja fácil, mas para quem vive em confusão parece mais um enigma indecifrável.

Mas quer saber de uma coisa? Melhor ficar triste do que não sentir coisa alguma. Como já disse um escritor maluco amigo meu: ‘o pior da vida é o nada, não acontecer NADA. ’ E olha, concordo muito com ele, viu? E você? Concorda também? 










Corpos em Combustão.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013




Na noite em claro,
No calor e no estalo.
No balançar,
No movimento...

Descompassada junção de calores.
De amores.
Alternada aflição.
Acúmulo de ambição.

Corpos retorcidos,
Semblantes distorcidos.
Emoção falha.
Da dor que retalha.

A entregar a alma nua...
Tão crua.
Jogada na rua.
Tão sua. 











O Amor nos tempos de Juventude.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


Quando somos jovens, amar se torna a coisa mais banal do universo. Amamos tudo e com a intensidade de como se fosse pela última vez, mas nunca é. Pensamos, erroneamente, que caso aquele tão forte amor não seja aproveitado, nunca mais haverá outro igual. Mas sempre há e ainda melhor, mais bonito e de verdade.

Essa forma de amar tão exagerado acontece, principalmente, na adolescência, quando os famosos hormônios ficam à flor da pele e qualquer possível sinal da outra pessoa, torna-se uma profunda e clara declaração de amor. Algo que na realidade, trata-se de um atestado de burrice da pessoa que não sabe amar, e pior, pensa que sabe.

Afinal, quando somos jovens pensamos até demais. Imaginamos que somos os donos e donas do mundo. Os maiorais. Os que tudo podem e nada os atingem. Mas não somos assim. Somos o contrário. Fracos por excelência, querendo a todo custo, provar aos outros e não a nós mesmo, que somos capazes de fazer e ser o que bem quisermos. E então, vamos contra as leis da natureza, avançamos etapas primordiais, alteramos o curso da história. Da nossa história.

Confesso que fui assim e talvez ainda seja. Amei muitos garotos nos tempos de escola e amei mais do que a mim mesma. Isso me prejudicou, pois por não me achar boa suficiente e não acreditar em mim, eu nunca tive o amor deles ou eles nunca fizeram questão que eu tomasse conhecimento de tal amor.

Será problema comigo, que sou dessa gente sensível e que ama demais? Será que estou marcada a permanecer sozinha, pelo resto da minha triste vida, porque eu não sei amar em menor medida? Por que eu só sei amar se for pra valer? Se for pra ser altamente intenso, com faíscas saindo por entre os poros? Com o coração querendo pular, dançar, fazer uma festa? Mas trágico é amar e não ser amada. E aos poucos estou desistindo disso. Estou deixando essa coisa de lado, não estou amando ou pelo menos, evitando.

Hoje acordei numa vibe nostálgica bastante negativa. Sonhei com uma paixonite do tempo do meu ensino fundamental II. Quem eu era nessa época? Nada. Não era ninguém. Até tinha mentalidade mais velha do que minha idade aparentava, mas mesmo assim eu era uma criança boba sem saber nada de si e dos outros, muitos menos sobre a vida. Mas eu gostava desse carinha com o qual sonhei na última madrugada, ou pensava que gostava. Viver aquela época foi interessante, mas eu nunca tivesse coragem suficiente pra falar abertamente com ele sobre o que eu sentia. Nunca. E isso abriu uma cratera em mim, um vazio enlouquecedor... E eu continuo a levantar hipóteses ‘e se...?’

E SE eu tivesse falado tudo o que deveria e descobrisse que ele gostava de mim? Nós poderíamos ter sido felizes e talvez até estivéssemos juntos até agora. Mas E SE eu tivesse aberto meu coração pra ele e levado o maior fora? Nossa! Imaginar as coisas ruins acaba me impedindo de buscar as coisas boas. Fico inerte diante as avassaladoras e assustadoras possibilidades da tempestade e não vou atrás do meu pote de ouro ao final do arco-íris.

Em resumo, nenhuma atitude de verdade eu tomei e meu coração ainda quer sair pulando (fugindo) quando encontro esse tal carinha por ai. Eu fico a sonhar acordada, com olhar bobo e perdido, mas como dizem: ‘águas passadas não movem moinhos. ’ 










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