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Só mais um desabafo numa madrugada inquietante

domingo, 11 de janeiro de 2015


Faz algum tempo que não escrevo como antes. Muito provavelmente ando procrastinando além da conta. Eu sempre tive (e ainda tenho) esse medo besta de não conseguir escrever. Medo de não mais ter a capacidade de me expressar através das palavras. Tenho medo de me perder no vazio da folha em branco. Isso me assusta bastante. Não que eu esteja dizendo que sou uma ótima escritora, porque, realmente, não sou. Para começar, nem escritora de verdade eu sou. Não passo de um projeto mal sucedido e, exageradamente, tendencioso. Afinal, que tal escritora é esta que sequer consegue parar para escrever um mísero texto? Que escritora é que esta, que quando volta a escrever, fala (mais uma vez) sobre o fato de não conseguir escrever? E pior: Que tipo de escritora é esta que repete o verbo ''conseguir'', no mesmo parágrafo, de maneira a sufocar o leitor com tamanha falta de léxico?

Mas eu pulei a linha. Virei a página. Não que isto soe clichê como esta parecendo e por mais que tema as mudanças, estou sempre mudando alguma coisinha aqui e ali. Mesmo sem perceber. Mesmo sem querer. E o ano virou. Será que, enfim, eu vou virar alguma coisa (ou alguém) que preste? O que mais me aguarda daqui pra frente? Idealizo o futuro mais do que deveria. Não passo de uma sonhadora irremediável. Um tipo escroto de pseudo-escritora, que insiste em escrever sobre si mesma, quando, bem lá no fundo, ninguém está nem aí para o que ela (eu) vive ou deixa de viver. Preciso aprender com a dura e cruel realidade da existência. É necessário quebrar a redoma que me cerca e me protege da indiscutível sujeira do mundo. Mas é que eu também sou suja. Todos nós somos. Humanos não escapam desta condição.

É queria entoar um discurso bonito e otimista para este ano que ainda está só no seu começo, mas é que no momento isto não é possível. Estou pairando no meu estado de espírito corriqueiro, onde uma nuvem negra cobre minha cabeça no decorrer de todos os dias. Passo por oscilações absurdas de temperamento. Nem sei descrever direito e em detalhes eficientes o que acontece aqui dentro de mim. Só tenho uma grande certeza: Há caos. Assim como se pode perceber em uma relevante parcela dos meus escritos.

Talvez eu até goste de nomear minha escrita como cortante (ou algo parecido), porque palavras alegrinhas, estampando uma felicidade ilusória nunca foram meu forte. Quem sabe more aí mais uma razão para o fato de eu não conseguir escrever quando estou feliz. Realmente, não sai nada que eu considere minimamente bom. Talvez meus padrões sejam muito altos. Talvez eu apenas superestime meu fajuto dom para escrever. Talvez eu não seja nada disso.

Agora já posso dizer que falta menos de meia hora para duas da manhã e que só porque é mais uma madrugada inquietante, que o anseio incontrolável para escrever resolveu dar sua cara à tapa de luva de palavras? Escrever me acalma. Pôr para fora sentimentos angustiantes me acalma mais ainda. O que deveria falar, eu falo, mas em texto escrito e bem pensado. Ou não. 

Quando falo na lata saem coisas impensadas. Tudo aparenta soar como ofensa, mesmo quando você só quer gritar por socorro e desabafar. Pedir ajuda é mais difícil. Sempre. Quando a gente acostuma com o que dói, estender a mão e buscar alguém que nos puxe do fundo da lama é como uma tarefa impossível. Atitude egoísta? Não é isso. É falta de costume e de experiência em saber como lidar com quem, realmente, entenda o que você sente. Eu (re)encontrei um alguém incrível que me escuta, que diz a verdade que não quero ouvir, de tão verdadeira que ela é. Eu poderia contar mais como as coisas estão indo, para então desafogar um pouco o peito ardente, mas preciso dormir. Ando dormindo mal como sempre. Meus joelhos doem como nunca. É hora de esticar o esqueleto e tentar relaxar a alma. Até.

Vem, 2015! Eu estou aqui!


Mais uma de mim cravada na pele

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Tô voltando pro blog. Não me deixem.
Sempre foi mais ''fácil'' falar sobre o que passa aqui dentro em primeira pessoa. Nunca me reprimi neste sentido e não pretendo fazer isso tão cedo. Nem que seja tarde, resistirei ao anseio de me perder aqui por dentro.

Eu me escancaro mesmo. Apesar de que, no fundo, sinto que isso pode me prejudicar. Exponho-me. Dilato meu ser até o último e insignificante poro. Sou muito assim, isso que mostro sem receio de aparentar um perfil, assustadoramente, ridículo. Talvez possa até parecer um ato de explícito egoísmo falar tanto de mim, mas como já repeti, incansavelmente, em inúmeros outros textos do tipo, falo de mim, porque de mim, eu sei e, ainda sim, aprendo todo o dia.

Mas sabe, eu me sinto bem. Eu me sinto. Toco-me por dentro. Chafurdo nas minhas entranhas em busca de algo que faça sentido. Vivo por aí querendo fazer sentido, mas a verdade, a mais sincera e ferrenha verdade, é que eu não preciso fazer sentido algum.

Estou bem por aqui. Estou seguindo. Estou sorrindo com mais frequência. Falando com os outros com mais tranquilidade, como se a proximidade alheia não me demandasse profundo esforço. Estou crescendo pelas minhas próprias pernas. E as coisas estão fluindo bem. Vou lidando melhor comigo e, consequentemente, com o que e quem me cerca. 

Estou melhorando. Manhã após manhã. Ainda dormindo mal. Ainda comendo mal. Numa vida nada saudável, mas não nada diferente do normal. Não, espera aí, tem sim, alguma coisa diferente. Talvez eu esteja amadurecendo. Virando adulta aos pouquinhos. Reafirmando minha força de mulher, sem largar meus sentimentos aguçados de menina. Aquela mesma menina que nunca esqueceu de escorrer lágrimas ao dedilhar palavras com toda a intensidade do ser. Não por tristeza, mas talvez porque minha alma-poesia não me engana.


Lá fora.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

(Google Imagens/Reprodução)
A vida é linda lá fora? Não sei. Nunca vi. O máximo que enxergo é o que chega até mim pela janela entreaberta do meu quarto escuro. Só sei que chove, porque o barulho é inevitável. Só sei que faz sol, porque os raios quase me cegam. Mas não respiro o ar que transita lá fora. Sufoco aqui dentro. Falta-me o fôlego. Nem sinto o cheiro do que pulsa lá. Reclino-me ao miserável odor que paira nestas paredes. E são elas, estas mesmas paredes de branco manchado, que parecem ser mover rumo ao meu encontro. O aperto se expande. Busco por um mínimo resquício de ar, mas não há nada. Ar? Onde ele foi parar? O que sobra é apenas o desmanchar. Da pele. Do corpo. Da alma. 

Quando tento esbouçar qualquer tentativa para levantar, vou virando pó. Quando isso começou? Já fui inteira algum dia? É pesado. Tudo dói. Ninguém escuta meus gritos desesperados. A ilusão reina absoluta. Transformo a existência inóspita em vida, mas não há vida. Tudo acontece lá fora. Nada soa de verdade aqui dentro. A eterna corda bamba entre o viver e o existir. Então, levanto voo. Estou despencando. 


Entre a poesia e a prosa de esquina

segunda-feira, 21 de julho de 2014

(fonte)
Transformei-me num ser adepto do inacabado. Não sei precisar em que momento exato isso aconteceu. Não me recordo do ano, da ocasião ou mesmo da força de vontade que acabou por esvair-se do meu âmago.

O que sei é que recrutei minha existência para esta estrondosa bolha que construí ao meu redor. Fiz do pacato, a minha rotina. Elevei a exaustão mental ao ápice. E agora, aqui estou para entoar poesia diante daquilo que age como navalha por dentro.

Sou os livros que ainda nem folheei. Sou as pessoas com quem não convivi. Sou as criaturas com quem me desgastei. Sou as noites que me encontrei, insistentemente, insone. Sou as conversas que não terminei. Sou os corpos que não ousei abraçar. Sou os lábios que procurei não beijar. Sou os ‘agoras’ que ficaram para os ‘amanhãs’.  Sou as realizações que deixei para os sonhos. Sou as realidades que empurrei para as ilusões. Sou as verdades mal digeridas. Sou as mentiras, mais ou menos, engolidas. Sou ‘o dentro’ que grita quando ‘o fora’ cala. Sou a boca que esperneia mesmo quando deveria silenciar. Sou da exaustão que não cede lugar ao dançar. Sou da sinceridade estampada que não troca de papel com a máscara levantada. Sou tanta poesia dilacerante impregnada de uma prosa dissonante.

Petulante e só.

terça-feira, 20 de maio de 2014


via weheartit.
Meu corpo esconde uma solidão ainda mais profunda que o buraco negro que cresce na minha alma. As feridas são corpulentas e, por vezes, insolentes. As cortes são evidentes só para quem é capaz de olhar mais do que, simplesmente, olhar por olhar. Só para quem é capaz de observar por certo ângulo (quase) secreto.

Aos meus gritos de dor? Só restaram-lhes os próprios ecos. Contraio-me. Descompassadamente revivo quando milímetro do sofrimento já antes, tão bem, degustado. As cicatrizes estão cravadas em minha pele resignada a ser invisível. Por que ninguém consegue trincar as retinas em mim?

Irremediavelmente só. Partilhando, com o próprio ego, o gosto repugnante do vazio. Só por sentir-se só. As muralhas são levantadas ao meu redor e paira o silencia das multidões que lamentam, dia após dia, o permanecer multidão e nada mais que isso.

Reclino-me às palavras costuradas e pontilhadas com agulha sem dó. Só me sobraram elas e que elas fiquem, nem que padeçam e que apodreçam, mas que fiquem. A folha, até então em branco, é preenchida com meu horror pobre e solitário. Não me deságuo mais. Não por hoje. Não agora, pois estou realocando minha força petulante.

Não chore a minha dor. Não queira acabar com meu clamor desesperado. Eu sigo. Não ouse entender o que não pode, porque não fui feita para o poder. Apenas: Leia-me.



Vai mudar, porque é preciso mudar!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

''Cada novo dia é uma nova chance para mudar sua vida.''
O blog DEScomplicando passará por algumas mudanças no que diz respeito ao seu conceito e conteúdo. Certa vez, li algo que a Paula Buzzo escreveu no perfil dela no facebook (não tenho mais o link do que foi exatamente, desculpem) e isso me fez refletir muito. Porque não adianta eu continuar me enganando e consequentemente enganando vocês.

 (essa é a hora que todo mundo começa AH, COMO ASSIM, ENGANAR HEIN?).

Deixe-me DEScomplicar: Esse blog não é para vocês. Na realidade, nunca foi. Eu quis ser outra pessoa, um tipo comum e corriqueiro de blogueira que diz que o blog dela é dos seus leitores para, assim, atrair mais leitores e fidelizar os antigos. Mas o DEScomplicando não é. Quem está por aqui, está porque gosta do que escrevo e eu agradeço, infinitamente, por isso.

(MAS, POR FAVOR, NÃO ME ABANDONEM, VOU CONTINUAR EXPLICANDO/DESCOMPLICANDO...).

Esse blog seria de vocês, se fosse sobre vocês. Mas não é. Isso aqui foi sempre sobre mim. Desde o começo. Desde sempre. Até depois do fim.

Está bem. Algumas vezes, tentei escrever e postar aqui como se fosse só mais uma adolescente querendo ter um blog na internet. Mas não deu certo, porque não me refletia de verdade. Não era eu, mas apenas mais um projeto tosco e mal produzido de alguém insistindo em ser o que não é.

O tempo me transformou. Eu me transformei no tempo. E está intragável permanecer em um espaço sem fazer a menor ideia do que estou, realmente, fazendo aqui ou (tentando) fazer. Assim, senti a desconcertante necessidade de mudar algumas coisas de lugar. Quem sabe repor umas prateleiras, transferir uma mesinha de cá para acolá, redecorar com outras cores, outros gostos, outros sabores, tirar a poeira encrostada, deixa a luz entrar, invadir e refletir.

As mudanças não acontecerão todas de uma vez, até porque a gente nunca para de mudar. Tudo será aos pouquinhos, como tiver e será, mas adianto uma baita novidade: Estou com um blog novo (de antemão: não vou abandonar o DEScomplicando por completo), experimentado o Wordpress e sendo (um pouco) subversiva e feminista por lá. Quer conferir? Clica aqui e vem subverter comigo também!

Beijos e até a próxima!

Infinidade de querer.

sábado, 19 de abril de 2014


Eu queria chorar o mundo. Eu queria gritar a dor. Eu queria beijar tua boca. Eu queria o teu amor. Eu queria abraçar tua alma. Eu queria emoldurar meu peito no teu. Eu tanto quis que nada fiz. Eu tanto implorei, que só sofri.

Eu queria ser tua, mas antes preciso ser mais minha. Eu queria brincar, dançar de roda, pular corda. Eu queria subir em árvore. Eu queria deixar mais tempo o esmalte. Eu queria não ser igual a eles. Eu queria não me perder na multidão. Eu queria não ser mais uma. Eu queria não me abandonar na escuridão. Eu queria não me sentir desconfortável no clarão. Eu queria enfrentar o bicho papão.

Eu queria não me importar tanto. Eu queria não me colocar tanto aqui. Eu queria não falar tanto só de mim. Eu queria não sentir o peso do mundo em mim. Eu queria descarregar. Eu queria desopilar. Eu queria um ombro amigo. Eu queria alguém pra me escutar. Eu queria alguém pra me abraçar. Eu queria alguém pra me ver desaguar e não julgar. Eu queria.

Eu queria ser livre. Eu queria nada temer. Eu queria não ser tão dramática. Eu queria que não jogassem na minha cara meu drama. Eu queria não me machucar. Eu queria que não me machucassem. Eu queria não querer ser tão perfeita. Eu queria me aceitar. Eu queria me (re)conhecer.

Eu queria, por mim, me encantar. Eu queria parar de sofrer. Eu queria não ter tanta preguiça de viver. Eu queria não apenas sobre-viver. Eu queria. Ah, eu queria.

Eu queria parar de querer tanto e começar, enfim, a fazer valer. 

Sobre o bem-querer e o nada ter.

domingo, 6 de abril de 2014



Já nutri muitos amores, infinitas paixonites crônicas e inúmeros foram os sorrisos que me fizeram sorrir junto. Mas só sorri afastada. Não sorri colada nas bocas que clamavam pelos meus lábios alvoraçados. Sorri calada, na minha. Amedrontada ainda sou e isso corrói meu calor.

Sempre fui de amar de longe, escondida e sozinha. É verdade. Sou mais da solidão do que do amor romântico. Sou mais minha. Sou menos da entrega ao outro. Não me encaixo nos clichês de love story, mesmo que, por (muitas) vezes, continue sonhando em tê-los em minha pacata vida. Pacata ira.

Eu engulo minha amargura e morro por dentro. Eu me sufoco, aos pouquinhos e lentamente, quando não me permito amar e conhecer a beleza do bem-querer no outro. Porque meu bem-querer chega a querer só de longe, insinua, mas nada faz e nada tem. Passam as horas, os dias, a vida e me deparo com meu bem-querer encontrando o querer corajoso de outro alguém. Daí sofro mais, choro mais... Me transformo em pura dor. E aí o ciclo recomeça e meu bem-querer já embolou.

Talvez se eu fosse...

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014


Talvez se eu fosse menos estranha. Talvez se eu fosse menos louca. Talvez se eu fosse menos neurótica. Talvez se eu fosse menos paranoica. Talvez se eu fosse menos teimosa. Talvez se fosse menos impaciente. Talvez se eu fosse menos ansiosa. Talvez se eu fosse menos orgulhosa.

Talvez se eu fosse menos poesia.
Talvez se eu fosse mais prosa.

Talvez se eu gostasse mais de festa. Talvez se eu tivesse mais amigos. Talvez se eu soubesse fazer novos amigos. Talvez se eu não esperasse tanto dos outros. Talvez se eu gostasse de baladas. Talvez se eu gostasse (e soubesse) dançar. Talvez se eu gostasse de beber. Talvez se eu gostasse de só experimentar. Talvez se eu curtisse mais. Talvez se eu me divertisse mais.

Talvez se eu não odiasse tanto multidões. Talvez se eu soubesse socializar. Talvez se eu não fosse tão tímida. Talvez se eu soubesse puxar com conversa. Talvez se eu não fosse tão boba. Talvez se eu me importasse menos com que os outros vão achar. Talvez se eu não fosse diferente da maioria. Talvez se eu conformasse. Talvez se contentasse. Talvez se eu fosse só mais uma.

Talvez se eu fosse menos detalhista. Talvez se eu fosse mais prática. Talvez se eu falasse menos. Talvez se eu ouvisse mais. Talvez se eu fosse menos chata. Talvez se eu fosse menos rabugenta. Talvez se eu fosse menos medrosa. Talvez se eu não fosse tão triste. Talvez se eu fosse menos depressiva.

Talvez se eu fosse menos coração.
Talvez se eu fosse mais razão.

Talvez se eu não sofresse tanto por qualquer coisa pequena. Talvez se eu conseguisse sorrir com maior frequência. Talvez se eu conseguisse me alegrar, pelo um menos, um pouquinho todos os dias. Talvez se eu soubesse aproveitar a vida.

Talvez se eu conseguisse amar pra valer. Talvez se eu não romantizasse tudo. Talvez se eu conseguisse me declarar. Talvez se eu conseguisse expressar quando gosto de alguém. Talvez se eu sonhasse menos. Talvez se eu realizasse mais. Talvez se eu não complicasse tanto. Talvez se eu descomplicasse mais. Talvez se eu não fosse 8 ou 80. Talvez se eu fosse só 8. Talvez se eu fosse só 80.

Talvez se eu fosse menos online.
Talvez se eu fosse mais off-line.
Talvez se eu não fosse tão preguiçosa.

Talvez se eu não me apaixonasse tão fácil.  Talvez se eu beijasse mais. Talvez se eu abraçasse mais. Talvez se eu soubesse abraçar. Talvez se eu confiasse mais nas pessoas. Talvez se eu conseguisse me permitir.


Talvez a gente pudesse dar certo. Só talvez.


Sobre liberdade e censura.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A liberdade é subversiva. Incomoda, mesmo sem querer. A liberdade, ao pé da letra, é revolucionária. E procuramos seguir na luta pela liberdade de expressão, de opinião, de acreditar ou não acreditar, de andar na rua como bem quiser... Liberdade para viver sem medo.

Mas é bom não confundir liberdade com falta de respeito. Porque como já dizia o saber popular: A minha liberdade termina, onde começa a do outro. Porque a liberdade é também ter certas noções de limite ou viveríamos uma confusão maior do que o normal. Afinal, a liberdade é como poesia. Não aprendemos, mas a construímos. A liberdade é um sonho, do qual acordamos sorrindo.

Já a censura... Ah, ela se impõe como dona do jogo. A censura é opressora, controla pensamentos e vidas. É autoritária e uma afronta aos direitos individuais e coletivos. A censura não pergunta e já chega chutando a porta. A censura não quer saber se proíbe o que não deve ser proibido. A censura esconde e coloca máscara na verdade nua e crua. Por isso, liberte-se da censura. Não seja mais um oprimido calado, nem um opressor incontrolável... Você é capaz de fazer a diferença. 



Porque gozar faz parte!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013


Gozar é arte.
Gozar faz parte.
E a vida é um eterno gozar.
Gozar de boa companhia.
Gozar de noite ou de dia.
Gozar sozinha.
Gozar juntinha.
Gozar por prazer.
Gozar por querer.
Gozar sem receio.
Gozar no começo
No fim e no meio.
Gozar não só na cama,
Mas porque ama.
E seguir gozando.
Gozando e rindo.
Gozando livre para gozar,
Sem ninguém para julgar. 


H.S





                                 

A gente ''não'' pode...

sábado, 27 de julho de 2013

Quando uma imagem resume tudo... Liberte-se!
A gente não pode falar de sexo, que assusta quem pensou que a gente era bobão.
A gente não pode falar de feminismo, que feminismo ganhou face de vilão.
A gente não pode lutar contra o machismo, que machismo é o poderoso chefão.
A gente não pode falar de aborto, que ninguém entende a discussão.
A gente não pode falar de estupro, que é assunto que ninguém quer ouvir não.
A gente não pode falar de sexismo, que igualdade pra eles está na mão.
A gente não pode falar de homossexualidade, que é mais bonito fazer pose de machão.
A gente não pode falar de racismo, que cota pra respeito não tem não.
A gente não pode falar de violência contra a mulher, que só aumenta a confusão.
A gente não pode falar de religião, que a igreja tem grande voz e vez nessa nação. 
A gente não pode falar de revolução, que dizem que só tem vândalo em manifestação.
A gente não pode falar de nada, que tudo é feio, errado e soa como palavrão.

Daqui, porque a Aline arrasa!

Este poema-desabafo foi inspirado pela enorme e intensa onda de censura que sinto pairando em torno da blogosfera, redes sociais e por ai vai. Espero que esteja disposto(a) a entrar nessa baita reflexão comigo e que não esqueça de deixar a sua opinião. Ok? Abraço e até a próxima!








Desafio #30DiasDeEscrita.

sexta-feira, 31 de maio de 2013



Maio vai dando seu ''tchauzinho de miss'' e junho vem chegando e rebolando. Hora de recomeços. Hora também de deixar muita coisa pra trás e seguir em frente. Sempre em frente.

E como forma de me motivar, como gatilho para me impulsionar à escrever diariamente, resolvi participar do projeto ''30 dias de escrita - O desafio'', que conheci através da minha-amiga-irmã, Arianne, e ele, como o próprio nome já deixa bem claro, consiste em fazer com que o escritor (no meu caso, pseudoescritora) coloque em prova seus limites e receios diante do processo criativo. Eu bem que ando precisando me desafiar, saber até onde posso ir com a minha escrita, tendo a consciência de que sempre posso ir além. Muito mais além!

Na imagem acima, vocês podem conferir quais os temas estão destinados para cada dia do mês e vou logo avisando (pra depois, ninguém dizer que não avisei) que talvez eu não tenha disponibilidade para postar TODOS os dias e tudo mais. Afinal, o mês de junho será super atarefado pra mim, pois ainda tenho o final do semestre da faculdade pra concluir (pasmem! o meu semestre universitário é divido em 3 longas etapas), mas como isso é um desafio, tentarei AO MÁXIMO, cumpri-lo à risca. Não briguem comigo! (risos) Beijos e espero que se deliciem com este projeto aqui no blog. Estou muito animada!!!









E quando eu não mais...

sábado, 18 de maio de 2013




E quando eu não mais me encontrar,
Quero ler minhas palavras cravadas no tempo,
Como quem crava uma estaca no peito
E espera morrer de amor.

Afinal, escrever é a minha salvação.
Minha redenção, o meu esperançoso ato de clamor.
Quando escrevo, sinto-me segura comigo mesma.  
Sinto-me forte e invencível e sinto-me mais eu.

E quando eu não mais morrer de amor,
Terei certeza que não vale mais a pena lutar,
Pois a guerra terá chegado ao fim.
Apesar das árduas batalhas.

Os soldados, à postos,
Teimavam em não desistir.
Mas melhor que sair derrotado,
É admitir não estar, realmente, preparado.










Da saudade de parecer clichê.

sexta-feira, 29 de março de 2013



Ando sentindo muita falta de estar ‘boba de amores’ por alguém, sabe? Pois é, faz um tempo que não ando suspirando pelos cantos, feito uma bocó (mais do que meu normal). Mas não me entendam errado. Não é que eu seja sadomasoquista ou qualquer coisa do tipo.

Não é saudade de sofrer, mas saudade de ter algo ‘meloso’ pra escrever. Saudade de falar de meus tão conhecidos amores repletos de utopia. Saudade de fantasiar com o que nunca será e quem ao meu lado jamais viverá. E saudade de suspirar e suspirar. De respirar o ar de outro alguém e sorrir com aquele gostinho de ‘quero você pra mim’. Tenho saudade de todas as sensações que o ‘estar amando’ é capaz de me causar.

Estar amando faz fluir em quem é metida a escritora, uma inspiração tremenda e estou querendo sentir essa vibe novamente. Não sei se algo endureceu por dentro, se meu coração petrificou de vez ou se eu só amadureci e não estou querendo encarar tal fato tão naturalmente quanto deveria. Mas o que eu sei é que quero voltar a ter sobre o que escrever. Voltar a falar de amor sem medo de parecer o ser mais clichê de todos. Quero fazer o leitor voltar a suspirar comigo. Quero sentir de novo borboletas no estômago, porque estou começando a achar que elas morreram de inanição por aqui... Pobrezinhas!










Só pra não morrer de inanição.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013




Crises existenciais: quantas delas eu já vivi, sem sequer ter chegado aos meus 19 anos ainda? Sofrer e não saber direito o que se é ou não, torna a gente mais velha por dentro. Mais oca. Mais tosca.

Posso ter essa carinha de ingênua, mas minha mente é velha. Empoeirada. Esfarelada. E é como se cada coisinha que vivo, presencio, falo e escrevo me desgastasse mais. Não sei como juntar meus pedaços que estão espalhados por aí. Não sei como me (re)construir. Não sei como me pôr de volta no lugar. Se é que algum dia eu já estive ‘no lugar’. Acho que, na verdade, andei pairando sem saber aonde queria chegar. Andei pulando de galho sem saber o que procurava e continuo não sabendo. 












Do que me falta e do que há de sobra.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013





Falta-me o amor próprio, o otimismo a cada manhã.
Sobra-me a nuvenzinha negra pairando sob minha cabeça
E a sensação de nunca ser boa o suficiente pra ninguém.

Faltam-me os sorrisos sem razão de ser.
Sobra-me a cara fechada e o peito truncado.

Faltam-me os amigos pra qualquer hora.
Sobra-me a solidão que não vai embora.

Falta-me a segurança de ser quem sou.
Sobram-me as incertezas se vão gostar ou não de mim.

Falta-me a visão dos horizontes infinitos.
Sobra-me o receio de não ir além.

Falta-me a leveza da existência.
Sobra-me o peso de carregar mais do que posso suportar.

Falta-me o amor e o carinho de um não sei quem.
Sobra-me o vazio na alma desocupada.

Faltam-me as gargalhadas despretensiosas.
Sobra-me o choro ininterrupto.

Falta-me o doce do céu.
Sobra-me o amargo do inferno.

Falta-me o sol e a sua luz.
Sobra-me a escuridão e as trevas que inundam.

Faltam-me as asas para voar.
Sobra-me o medo que me prende ao chão.

Falta-me tudo.
Sobra-me o nada.












Sorteio DEScomplicando Thalita Rebouças.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


Demorei muitíssimo para lançar este sorteio, mais do que devia, mas como não adianta chorar pelo post demorado, vamos ao que realmente interessa:

Como vocês viram neste post, em novembro passado eu fui conferir a Bienal do Livro do Ceará pela primeira vez e estive em um bate-papo com a ultra fofa autora Thalita Rebouças. Foi tudo tão legal, que tinha que compartilhar o momento de alguma forma com vocês e minha ideia na hora foi comprar mais um livro e pedir que a Thalita fizesse um autografado super especial para meus fiéis leitores, ou seja, todos vocês. 

Depois de horas na fila para chegar perto dela, conversei um pouquinho e contei minha ideia. Ela aprovou prontamente e ainda adorou o nome do blog (olha que chique, DEScomplicando). 
Como não amar Thalita Rebouças?

Thalita linda me ouvindo com atenção!

Então, pra você, leitora (ou leitor) do DEScomplicando, que conhece essa autora linda, que é fã, que já leu vários livros dela e até se não leu nenhum, essa é a sua chance de ganhar um presente MARAVILHOSO. Confere aqui:

O prêmio: autógrafo especial e ainda tem beijinho da Thalita *-*
Confira uma resenha no site oficial da autora. 
Para participar é bem simples. Basta ir à fanpage do blog, clicar na aba ‘promoções’ e depois em ‘quero participar’. Mas antes de fazer isso, algumas regrinhas são básicas:

- Curtir a fanpage do blog;
- Preencher o formulário.
- Compartilhar a imagem da promo.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

- Quem não cumprir todas as regrinhas poderá ter sua participação INVALIDADA.

- O sorteio ocorrerá no dia 24 de fevereiro -data do meu aniversário- mas poderá ser alterada, dependendo das minhas possibilidades de realização do sorteio no dia em questão.

- O ganhador ou ganhadora, terá 48 horas para responder ao e-mail com seus dados e ainda receberá, juntamente com o livro, uma cartinha escrita por mim.
Olha que coisa mais fofa e cute cute! 


E ai? Gostaram? Quero ver TODO MUNDO participando, hein? 










Das Dores.





Da dor sem pausa.
Da dor sem causa.

Da dor vivida.
Da dor sentida.

Da dor calada.
Da dor velada.

Da dor que enlouquece.
Da dor que entristece.

Da dor que paralisa.
Da dor que neutraliza.

Da dor que faz chorar.
Da dor que faz gritar.

Da dor que fica.
Da dor que finca.

Da dor que não passa.
Da dor que ultrapassa.

Da dor que faz gemer.
Da dor que faz sofrer.

Da dor por fora.
Da dor que demora.

Da dor por dentro.
Da dor bem ao centro.

Da dor escura.
Da dor sem cura.

Da dor que faz adoecer.
Da dor que faz adormecer.

Da dor que não esquece.
Da dor que comigo envelhece.













Das reflexões e devaneios diários.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013



Estava com tanta saudade disso. De me encontrar. De me perder do mundo, enlouquecer e então escrever com sangue as palavras que mais me atormentam. Jogar tudo pra fora. Um ‘tudo’ que ao mesmo tempo não sai. Que não desprende de mim, que cola e me desloca.

Eu reclamo e choro oceanos e faço o maior drama da face da Terra, mas continuo seguindo a trilha rumo ao fracasso.  Talvez eu seja mais uma daquele tipo de gente babaca que nasceu destinada ao caos psicológico. Daquele tipo que só é mais um peso para os outros. Que não faz nada e só sabe falar sem parar. Reclamar. Surtar. Essa, definitivamente, sou eu.

E sabe o que é pior? É o fato de me sentir assim. Sinto-me imersa numa imensidão de tristeza, num labirinto da solidão, do qual não consigo encontrar a saída. Pois a culpa é minha. Não me esforço. Se já dói tanto só ficando parada, imagina o quanto irá doer se eu tentar me mexer do lugar? Outro grande problema meu, que vocês já devem ter notado em outros escritos de minha autoria: eu esquematizado demais o futuros. Faço suposições, planos e o diabo a quatro, mas sempre negativamente, sendo esse o fator mais agravante.

Talvez minha vida fosse mais leve, se eu tornasse minha alma mais leve. Mas como faço isso? Como se tira o peso das costas? Como se larga o fardo? Talvez a resposta seja fácil, mas para quem vive em confusão parece mais um enigma indecifrável.

Mas quer saber de uma coisa? Melhor ficar triste do que não sentir coisa alguma. Como já disse um escritor maluco amigo meu: ‘o pior da vida é o nada, não acontecer NADA. ’ E olha, concordo muito com ele, viu? E você? Concorda também? 










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