Saudosas manhãs de dezembro!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Saudosas manhãs de dezembro
Que não chegam,
Mas logo tomam meu peito
Em dores fundas,
Tão fundas.
Quase que moribundas.
Como se esperar
Fosse sinônimo
 Para se atormentar.
Cabeça gira,
Respira
E não aguenta ser tão lírica.
Cercada de gente cínica,
Que só faz o bem
Olhando a quem.
E pra outrem
Responde ‘nem!’






















Sei que estou em dívida com vocês. Deveria há tempos ter postado sobre minha ida à Bienal do Livro do Ceara, meu contato com a fofa da Thalita Rebouças e uma grande surpresa, mas ai não tive cabeça, muito menos paciência pra isso. Mas não esquecerei e o post sairá em breve. Assim espero. Sabe, é que ando escrevendo pouco (aff!), apesar de pensar sem parar, mas não consigo organizar meus pensamentos e entre devaneios e surtos, o que sai são apenas poesias bobinhas pra não dizer que abandonei o DEScomplicando por completo. Espero que entendam o meu mimimi com um fundo de razão e não esqueçam de deixar seus comentários. Beijos!












Pra não dizer que não mais rimei o amor.

sábado, 24 de novembro de 2012




Meu queixo
No teu queixo.
Doce beijo.
Efêmero desejo.

Triste o fim.
Olhou pra mim.
Não disse que sim.

Perdeu a razão.
Calejado e machucado coração.

Apunhalado.
Amedrontado.
Estilhaçado.

Jurou que não mais se doava.
Sabia que a dor aumentava.
E mesmo assim continuava.

Quando iria aprender?
Entender?
Mas devia seu amor sempre defender.











Síndrome de Sansão?

sexta-feira, 23 de novembro de 2012



Não é de hoje que se pode perceber como a sociedade associa cabelos compridos à feminilidade pura, onde as longas madeixas ao vento são tidas como as principais responsáveis da sedução da mulher. Em contra partida, o cabelo curtinho é visto com outros olhos. Olhos de julgamento, daqueles que secam, só por estarem ‘levemente’ em sua direção e te rebatem numa grande muralha. É como se a mulher com cabelo curto não fosse feminina o bastante para se sentir bem daquele jeito.

As pessoas podem até não escancarar sua opinião, que no fundo, é facilmente perceptível. Cabelo curtinho pra nossa sociedade ‘moderna’ é sinônimo de ser lésbica ou ter alguma doença que causou a queda do cabelo. Porque afinal, na teoria deles, ninguém pode querer de boa vontade, cortar tanto as madeixas assim. Será mesmo? A força da mulher está nos cabelos? E não em seus pensamentos? Suas atitudes?  Em suas reações diante um mundo que a trata como objeto desde o início dos tempos?


Todo este contexto acaba por emergir os seres humanos num oceano de ignorância. Haja vista, que estereotipar o outro é mais fácil e rápido, do que conhecê-lo e assim emitir algo a respeito. Julga-se o livro pela capa e não se preocupa, nem ao menos, em folheá-lo.  

Que meio social é esse, onde não se pode ter a liberdade de cortar o cabelo como bem quiser? Que não se pode fazer nada sem o receio do que as jurados da vida real vão argumentar? Cabelos valem mais que ideias? Se for assim, tudo está ao avesso mesmo e a luz do fim do túnel, parece não se aproximar. Você ainda tem esperança que isso possa mudar? 


Seleção de lindos cabelos curtos:





Uma foto colorida, só porque achei muito fofa para deixar em preto e branco, rs.



Música viciante e uma super propaganda da Natura:





Observações da autora:  
Orgulho-me de garotas de atitude, daquelas que não se importam nem um pouco em radicalizar no corte de cabelo ou de sair vestida como bem quiserem por ai, porque acima de tudo, o que vale é ter ESTILO e se autoafirmar de uma maneira interessante, mostrando sempre que não vão seguir por uma linha, só por ser o padrão atual. Gosto de quem quebra estereótipos, de quem vive cada dia como se fosse último.Não me encanto por cópias, gosto do que é original e único.












''...Seja VOCÊ, mesmo que seja BIZARRO...''

segunda-feira, 19 de novembro de 2012



Não, eu não tenho sangue de barata, por mais que muitos tenham a certeza do contrário. Não é que não dê à minha cara a bater (pra quê vou procurar machucados desnecessários mesmo?) ou que fuja da raia, só não vou me doar e me fazer doer, no que não tem razão de ser. Entendem?

Tenho medo de muita coisa sim e receio de várias outras, mas isso não faz de mim uma covarde. Às vezes exagero e tenho consciência disso. Tem horas que sou vítima, mas também faço muita coisa errada. Quando o sangue sobe à cabeça e o impulso salta ao corpo, perco as estribeiras. Mas quem não perde? Ou vai me dizer que você é relax 24 horas por dia? Existe alguém assim? Talvez monges reclusos em rígidos e afastados mosteiros... Tem mais alguém? Porque é difícil de pensar um indivíduo 100% paz e amor, quando se tem que matar um leão por dia e engolir sapos.

Viver em sociedade transforma-nos em bicho, daqueles que têm a capacidade de racionar, mas que preferem não usá-la. Será por medo que acabe? Só que o pensamento é como uma fonte que jamais seca, pois quanto mais se pensa, mais essa necessidade cresce e chega numa etapa, que não pode mais ser negada.

Assim, que fique claro e em letras garrafais, que o ser humano não é ser estanque e nem deveria ter pretensão de ser. O bicho homem se movimenta, corre de um lado para outro, buscando um lugar que melhor se adeque às suas particularidades. Que problema tem nisso? Porque mudar de acordo com o local e as pessoas que estão nele, parece coisa de gente que não confia na própria personalidade, é usa máscara para ser só mais um bonitinho, como bem já disse Pitty Leone em uma música dela...





Você quer ser SÓ MAIS UM BONITINHO ou tem mesmo a intenção de fazer a diferença?












O Tal do Poeta

quarta-feira, 14 de novembro de 2012



Pungente é o fio condutor
Que transfigura a alma do poeta inquieto.
Este, por sua vez,
Tornou-se escravo
De suas palavras dementes e confusas.
Poeta marginalizado.
Julgado como impróprio
Para qualquer indivíduo de boa conduta.
Mas o poeta não para.
Ele paira.
Segue deslizando a mão calejada,
Pela textura até que macia,
Daquele papel de quinta categoria
Da loja da esquina.
Papel ‘’tão macio’’
Quanto a sua mente.
Pensamentos pontiagudos
Perfuram a cabeça do tal poeta emergente.
Antes era nada,
Agora nada é.
Porque nem de toda tranquilidade vive um ser.
Há também o medo de viver.
De crescer.
Medo do coração enrijecer.
Endurecer.
Porque poeta não quer virar pedra.
Poeta ultrapassa qualquer era.
Poeta não espera.
Se reintera.
Poeta sentimentos tristes prioriza.
Poeta o poder da palavra eterniza.


Inspiração: ''As confissões de Henry Fool''. Na noite que assisti à este filme, me deu logo vontade de escrever algo relacionado. Não terminei ali, ainda acrescentei ''pedaços'' ao poema por mais umas duas ou três vezes. Terminei ontem. Fui mostrar para minha professora de Língua Portuguesa II, do segundo semestre, e como estávamos numa aula sobre funções da linguagem, ela quis ler para a sala inteira e analisar em qual função ela se encaixa (segundo ela depois, é metalinguístico, por eu definir o que é um poeta, mesmo que seja na minha opinião) . Fiquei extremamente envergonhada, mas dei consentimento para que eu ela o fizesse. Afinal, porque deveria ter receio de tornar público meus escritos? Eles são parte de mim, são o que sou. Resultado: a sala aplaudiu quando a professora terminou de ler, não sei se foi complemente verdadeiro o reconhecimento, mas aplaudiram. Até que me senti bem na hora. Espero que gostem também e que deixem seus comentários. Beijos! UPDATE: Ao terminar de ler meu poema para a sala inteira, a professora ficou me elogiando e dizendo algo como ''Essa é minha aluna!!!'', toda orgulhosa de mim. Isso foi o melhor de tudo.










Vende Felicidade na farmácia?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012




Acabo de retornar de uma consulta médica, estou explodindo de dor de cabeça, com fome de algo que não tem aqui e agora e por finalizar, ainda estou triste pra c*cete que amanhã (lê-se hoje para os Estados com horário de verão) volto pra capital cearense. E não, eu não me acostumei ainda e nem sei quando vou conseguir, ou se vou conseguir. Talvez eu desista antes, o que não seria nenhuma surpresa.

Não é querendo ser reclamona, o que de fato sou, mas não é fácil pra mim, entende? Não é fácil pensar em pular do abismo e não se machucar. Não é fácil pensar em se expor e não sair ferida. Isso ainda é muito novo pra mim. Mudanças nunca foram o meu forte e agora estou sendo obrigada à suportá-las. Eu não sei até quando. Eu nunca sei de nada. E ‘não saber’ constante, é o que parece f*der mais ainda com o negócio que teimo em chamar de vida.

Voltando ao assunto do começo do primeiro parágrafo: fui ao médico pra falar da minha-dor-de-cabeça-que-parece-que-não-tem-mais-fim e outras coisinhas mais. O ‘probleminha’ é que se médico tem a veia política bem aguçada e adora conversar. Nada contra ele, é uma pessoa ótima, mas por mais que a gente que o estão falando é o certo, mesmo assim não queremos ouvir e não vamos captar a mensagem como deveria ser. Eu esperava que ele me passasse um monte de remédios. Antidepressivos, se fosse o caso. Esperava também que ele me encaminhasse à neuro ou coisa do tipo, mas ninguém acredita que minhas dores de cabeça sejam pra tanto. Todos juram que não passam de vista, até porque eu deveria usar óculos e não uso (não curti o lance, entende?) ou que é tudo psicológico. E indo pelo caminho da mente, o tal médico em questão resolveu me dar uma aulinha básica sobre vida e blábláblá. Falou de amor, de deus e muito mais, o que não consigo lembrar agora, pois minha dor está bloqueando minha memória. Tenho consciência que ele está mais do que certo, mas fazer o que? A nuvem negra que paira sobre minha cabeça em chamas, não me permite pensar em arregaçar as mangas e começar a mudar a minha vida.

Eu sei que estou errada, que sou um ser desprezível. Tenho preguiça pra tudo. É como se a perguntinha: ‘Pra quê correr atrás dos sonhos, se no final tudo vai dar em merda mesmo?’ girasse em torno de mim. Não me entendo, não consigo entender os outros e me odeio ainda mais por isso. Preciso me tratar, preciso parar de fazer quem me amar de verdade, sofrer junto comigo. Preciso cair na real e se arranhar feia, preciso entender que não posso me desmanchar em lágrimas. Mas por onde eu começo? Realmente não sei o que fazer. Por hora, vou arrumar as malas pra pegar à estrada em direção à minha nova rotina desde o começo do ano. Vou tentar dormir um pouco.


Super me identifico com essa parte de Os Simpons.
Quem já assistiu ao episódio, vai entender o motivo (eu acho):














É coisa de gosto.

sábado, 10 de novembro de 2012




Eu gosto do que tem pretensão de ser e acabando sendo. O que quis e nunca foi não me interessa. Eu gosto do fim de tarde, quando a noite vem arrastada e já cansada e mesmo assim querendo ser exaltada.

Eu não gosto de meio-termo, quero termos completos e se possível, de contrato assinado e tudo que tiver direito. Gosto de sorrisos de canto de boca e olhares que falam mais que qualquer outra coisa. Olhares que penetram, como se fossem te devorar por dentro. Olhares de pessoas de verdade.

Eu gosto de gestos sinceros, de sons amenos, mas que sabem ser intensos na medida em que devem ser. Gosto de carinhos que não esperam nada em troca e de quem puxa papo, apenas pelo prazer de ter uma boa conversa. Gosto de silêncios, de quem confia o ouvido amigo para ficar atento à dor alheia. Gosto mais ainda de gente que não esconde sentimentos. De gente que escancara a face nua, sem medo de mostrar quem realmente é.

Gosto de quem cria intimidade sem parecer forçado. Gosto de quem chama a minha atenção sem fazer esforço. Gosto da coragem inquieta dos seres indefesos e da delicadeza de quem se finge de rocha. Gosto também dos encontros inesperados e dos abraços que não esperam ‘o momento certo’. Dos abraços apertados de quem sabe quando eu preciso me encaixar no peito de alguém. Como agora. 


'Textozinho' bem clichê, já devo ter escrito algo bem parecido e postado por aqui mesmo. Mas vocês sabem, né? Na inspiração a gente não manda. Aguardo os comentários de vocês. Beijos! 










Do Sol e da Luz que Ando Perdendo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012




Olhei para trás,
Vi um cenário à meia luz
E nada mais.
Senti que o Sol numa mais voltaria a brilhar.
Que razões agora teria para a vida saudar?
Então tremi. Estremeci.
Gostava de acordar numa manhã qualquer,
E manter a fé.
Sonhava apressada e em pé.
Talvez as coisas fossem diferentes.
O nascer do Sol me trazia algo surpreendente.
Era como se ainda existisse no mundo,
Amor equivalente.








#fotografia! Herlene Santos apresenta: Dos olhares que vão além!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Durante uma aula prática de fotografia.
Só para ilustrar mais o post, porque a câmera que uso em minhas fotos por ai, é beeem mais simples.

Desde que comecei a cadeira de Introdução às Técnicas Fotográficas neste semestre, minha visão sobre fotografia, mudou por completo e pra melhor, é claro. Fotos deixaram de ser apenas meros registros de momentos especiais e passaram a me integrar o ''meu eu curioso''. Depois de vários ensinamentos do meu professor, consigo enxergar a fotografia de maneira bem mais profunda. 

Consigo perceber que as lentes de uma câmera, na realidade, devem ser uma extensão da visão humana, mas não a visão que normalmente temos e na qual deixamos escapar a beleza que está na simplicidade por nos importamos mais com a 'grandiosidade' das coisas tão comuns e já conhecidas e exaltadas por todos.

Afinal, nem sempre é um equipamento profissional do bom fotógrafo, mas sim a sua capacidade de captar imagens que vão além da rasa superficialidade. O bom fotógrafo não interfere em sua foto, ele espera (pois paciência deve ser uma de suas virtudes) e clica e assim, obtém o extraordinário do extraordinário. 

Mas voltando um pouco à razão deste post: meu professor logo em sua primeira aula com minha turma, propôs uma 'brincadeira', que é a seguinte: mandaríamos fotos de nossa autoria para o e-mail dele, toda a semana e ao final do semestre, teríamos um ponto na média final do semestre. Quem não gosta, não é? Mas a regra era clara: não poderíamos esquecer de enviar as fotos por mais de duas semanas ou estaríamos fora do jogo. Sei que muita gente já deve estar de fora, por achar isso uma bobagem, mas desde o início já achei a ideia incrível, não só pela 'recompensa' e sim, por nos instigar, por inspirar nossas percepções do mundo ao nosso redor. Comecei a perceber melhor o ambiente que me cerca e cada detalhe e procura aprimorar isso cada vez mais. 

Vamos conferir alguns dos meus cliques de pseudo-fotógrafa?

Imensidão do infinito.
Magnitude da crença.
À esquina.
Sombra da capelinha do hospital.
Ponto.
Contorcionismo.
Não costumo ir à igrejas, mas fotografá-las está se tornando uma grande paixão.
Céu fechado e fios.



Espero que tenham gostado :D Meu acervo de fotos do tipo é bem maior, mas não dava pra postar tudo de uma vez só aqui, né? Mostro mais em uma próxima oportunidade. Obrigada pela atenção! Bjus!







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