Ele disse que não faria mais aquilo. Ele disse que não me bateria de novo. Ah... mas é claro que eu acreditei. Acreditei porque eu o amava com todas as minhas forças. Eu ainda o amava como no começo de tudo. Mas não sei até quando continuaria aguentando aquele relacionamento tão desgastante, opressor e acima de tudo, extremamente, violento.
Eu não queria ver o que estava diante dos meus olhos. Eu ainda tinha esperanças de que ele pudesse mudar e voltar a ser o cara encantador, pelo qual me apaixonei perdidamente. Mas perdida mesmo era como eu estava agora.
Os machucados só aumentavam. Todo o dia era a mesma coisa. Ele chegava em casa depois do trabalho, ou não gostava do jantar ou implicava com a minha roupa ou dizia que eu não estava linda o suficiente para lhe satisfazer. Eram tantos ‘ous’... E na maioria das vezes, ele me espancava sem nenhum motivo aparente ou o motivo só existia para valer em sua cabeça doente.
Eu sempre aparecia para meus amigos e familiares com o um roxinho novo e não sabia mais como explicar o que tinha acontecido. Eu tentava esconder com maquiagem, mas nada resolvia. Não sei se eles faziam ideia de como era a minha vida com aquele cara ou se preferiam seguir aquele ditado que diz que ‘em briga de marido e mulher não se mete a colher’. Ah, mas eu queria que alguém intervisse. Queria muito que alguém me salvasse daquele cara.
Eu perdi meu brilho próprio, o que eu sempre carregava comigo antes de conhecê-lo. E minha autoestima? Até esqueci o que isso significava. Eu estava um caco. Acabada. Física e psicologicamente. As agressões não eram só literais, ao pé da letra. Ele também me feria com palavras, com atitudes, com humilhações. Eu não via escapatória para aquela situação. Sentia-me só. Abandonada pelo mundo e, principalmente, por mim.
ESCLARECIMENTOS IMPORTANTES:
O texto que você acabou de ler é uma obra de ficção, mas que tem o intuito de alertar para a luta que tod@s devemos travar contra a violência à mulher.
Entenda a data:
Saiba mais sobre a campanha dos 16 dias de ativismo AQUI. |
Cerca de 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência no decorrer de sua vida.
As mulheres de 15 a 44 anos correm mais risco de sofrer estupro e violência doméstica do que de câncer, acidentes de carro, guerra e malária, de acordo com dados do Banco Mundial. (onu.org)
Achei uma cartilha bastante interessante (leia o arquivo em pdf aqui), que explica bem direitinho o que é a Lei Maria da Penha, como denunciar seu agressor, dentre outras informações que mostram que a mulher, vítima de violência, NÃO ESTÁ SOZINHA!
Pelo fim do silêncio.
Pelo fim da dor.
Pelo fim do medo.
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