Propagando Devaneios.

Sozinha, triste, sem perspectivas otimistas, buscando na música uma fuga, uma ilusão. Esta sou eu agora.Que desconforto ensurdecedor. É como facadas no cérebro e gritos constantes ao pé do ouvido. É como correr sem saber aonde se quer chegar. É encontrar na escrita, uma chance de colocar toda esta dor latente no peito, pra fora. É se decepcionar ao saber, que mesmo escrevendo inúmeras páginas, quando parar, você estará só novamente. Eu ainda escrevo, porque afinal é uma necessidade, algo tem de ser feito. Mas ultimamente, creio ter perdido aquele encanto de antes.

Devo estar passando pela crise de ''e agora que virei adulta?'' aquela de quando se termina o Ensino Médio e tem de se virar, buscar independência. Ou então se trata apenas de uma carência incontrolável e aquela vontade louca de ser querida, amada, admirada... Mas poxa, nem estou pedindo muito! Menos desprezo já seria o suficiente. 

Como é possível, mudar o que já passou pelo firmamento? Como se transforma o que está preso ao solo? Arrancam-se as raízes e impede a futura árvore de crescer linda e forte? Enquanto não encontro a razão para tudo isso, continuo espalhando devaneios e escutando rock. É o que tem pra hoje e é assim que a minha alma se acalma.