[SEMANA ESPECIAL DA MULHER NO DESCOMPLICANDO]: All we need is love?

terça-feira, 5 de março de 2013

Fonte: Google Imagens.
Era uma vez uma moça maravilhosa, linda e bem sucedida, mas ela não era feliz porque lhe faltava algo. Até que um dia, ela conheceu um moço simpático e bonitão, se apaixonou e enfrentou alguns conflitos, mas depois pôde viver feliz para sempre com o que antes lhe faltava: o amor desse tal Bonitão. Quantas vezes vimos essa mesma estória em personagens e cenários diferentes? Elas estão aí nas músicas que ouvimos, naqueles livros açucarados que você e eu amamos, nos filmes e séries de TV. Ué, mas eu vim aqui pra escrever sobre mulheres, certo? O amor e o ato de apaixonar-se não são exclusivamente femininos (ainda bem!), mas acontece que esse assunto afeta especialmente a nós, meninas e mulheres. Você já reparou que quase toda ficção considerada feminina gira em torno do amor e como mantê-lo ou encontrá-lo?

A estorinha da moça amada pelo Bonitão se repete nas telas e páginas criando enormes expectativas e desejos de encontrar o nosso Bonitão também. Começamos a idealizar um par amoroso desde que ganhamos nossas primeiras bonecas, sim, não queremos deixá-las órfãs de pai. Se não foi assim com você, que bom! Mas comigo foi e continua sendo até hoje. Não, eu não brinco mais com bonecas e nem acho que é necessário ser casada pra ter um filho, mas de vez em quando, me pego sonhando envelhecer ao lado de certo alguém vivendo um romance digno de conto de fadas, então eu acordo e me dou conta que a realidade é bem distinta.

Pra começar, muitas vezes o tal ser amado sequer chega. E dá-lhe amargar frustração e a sensação de que a vida está passando e você não está vivendo plenamente só porque não está namorando, ficando, saindo com alguém. De um modo geral, ainda existe uma certa inclinação a pensar que uma mulher solteira é digna de pena, é um horror essa sociedade patriarcal. Tadinha, né, nenhum homem a quis (só que não!). Todo mundo passa por uma fase em que nada acontece na vida amorosa, e a gente acaba se sentindo uma droga por estar sozinha. Mas não perca seu tempo se inferiorizando, toda cobrança pra que a mulher esteja sempre acompanhada é culpa do machismo que supervaloriza a companhia masculina. Não é que não seja legal ter um gatinho por quem suspirar, mas a gente precisa encontrar graça na vida independente de ter ou não alguém ao seu lado. É, eu vou sim cair no clichê do "você tem que se amar" porque é essencial em qualquer aspecto da sua vida. E olha, eu não sou lá nenhum exemplo de autoestima incrível, mas sei que parar de se julgar negativamente ou deixar de ficar na frente do espelho procurando defeitinho, só torna tudo mais difícil.

Mas o pior é quando a gente acaba entrando em cada relacionamento furado só pra driblar a solidão e o vazio interior. O Bonitão chega, mas a relação é totalmente diferente daquilo que tanto foi idealizado porque o modelo perfeito no qual nos inspiramos é artificial. Tem pessoa que não serve pra gente, mas quase sempre a gente só percebe isso quando o estrago já está feito e já se está bem apaixonada, então dói. Quando a gente passa por uma desilusão amorosa, a gente fica tão magoada que pensa que amar é a maior roubada, né? O lado bom disso é que quando a dor ameniza, a gente se reconstrói e encontra uma nova maneira de amar.

Nós somos mulheres reais com problemas reais e que nem sempre estão com o cabelo perfeito ou maquiagem impecável, mas cada história minha ou sua pode ser mais empolgante e emocionante que qualquer filme da Kate Hudson pelo simples fato de ser uma história real. A minha intenção ao escrever esse texto não é lhe fazer descrente do amor, até porque eu acredito nele, e muito, mas sim tentar identificar as ilusões que criamos às vezes de forma inconsciente e que tanto nos fazem sofrer ao serem comparadas com a realidade. A mágica e o encantamento não existem só na ficção, mas se apresentam de um jeito bem diferente, é preciso ter sensibilidade e observação pra captá-los. Existem tantas formas diferentes de amar, é um desperdício achar que só pode ser de um jeito. E vamos combinar que inventar o nosso próprio jeito de viver o amor é bem mais divertido que aquele modelo pré-fabricado, né? As pessoas são diferentes e amam de maneiras diferentes, encontre a sua maneira, mas antes seja feliz. :)



Texto escrito por Wanessa Bentowski especialmente para a Semana do Dia Internacional da Mulher no blog DEScomplicando. Wanessa tem 23 anos, mora em Fortaleza-CE e é estudante Letras. 








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