O Amor nos tempos de Juventude.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


Quando somos jovens, amar se torna a coisa mais banal do universo. Amamos tudo e com a intensidade de como se fosse pela última vez, mas nunca é. Pensamos, erroneamente, que caso aquele tão forte amor não seja aproveitado, nunca mais haverá outro igual. Mas sempre há e ainda melhor, mais bonito e de verdade.

Essa forma de amar tão exagerado acontece, principalmente, na adolescência, quando os famosos hormônios ficam à flor da pele e qualquer possível sinal da outra pessoa, torna-se uma profunda e clara declaração de amor. Algo que na realidade, trata-se de um atestado de burrice da pessoa que não sabe amar, e pior, pensa que sabe.

Afinal, quando somos jovens pensamos até demais. Imaginamos que somos os donos e donas do mundo. Os maiorais. Os que tudo podem e nada os atingem. Mas não somos assim. Somos o contrário. Fracos por excelência, querendo a todo custo, provar aos outros e não a nós mesmo, que somos capazes de fazer e ser o que bem quisermos. E então, vamos contra as leis da natureza, avançamos etapas primordiais, alteramos o curso da história. Da nossa história.

Confesso que fui assim e talvez ainda seja. Amei muitos garotos nos tempos de escola e amei mais do que a mim mesma. Isso me prejudicou, pois por não me achar boa suficiente e não acreditar em mim, eu nunca tive o amor deles ou eles nunca fizeram questão que eu tomasse conhecimento de tal amor.

Será problema comigo, que sou dessa gente sensível e que ama demais? Será que estou marcada a permanecer sozinha, pelo resto da minha triste vida, porque eu não sei amar em menor medida? Por que eu só sei amar se for pra valer? Se for pra ser altamente intenso, com faíscas saindo por entre os poros? Com o coração querendo pular, dançar, fazer uma festa? Mas trágico é amar e não ser amada. E aos poucos estou desistindo disso. Estou deixando essa coisa de lado, não estou amando ou pelo menos, evitando.

Hoje acordei numa vibe nostálgica bastante negativa. Sonhei com uma paixonite do tempo do meu ensino fundamental II. Quem eu era nessa época? Nada. Não era ninguém. Até tinha mentalidade mais velha do que minha idade aparentava, mas mesmo assim eu era uma criança boba sem saber nada de si e dos outros, muitos menos sobre a vida. Mas eu gostava desse carinha com o qual sonhei na última madrugada, ou pensava que gostava. Viver aquela época foi interessante, mas eu nunca tivesse coragem suficiente pra falar abertamente com ele sobre o que eu sentia. Nunca. E isso abriu uma cratera em mim, um vazio enlouquecedor... E eu continuo a levantar hipóteses ‘e se...?’

E SE eu tivesse falado tudo o que deveria e descobrisse que ele gostava de mim? Nós poderíamos ter sido felizes e talvez até estivéssemos juntos até agora. Mas E SE eu tivesse aberto meu coração pra ele e levado o maior fora? Nossa! Imaginar as coisas ruins acaba me impedindo de buscar as coisas boas. Fico inerte diante as avassaladoras e assustadoras possibilidades da tempestade e não vou atrás do meu pote de ouro ao final do arco-íris.

Em resumo, nenhuma atitude de verdade eu tomei e meu coração ainda quer sair pulando (fugindo) quando encontro esse tal carinha por ai. Eu fico a sonhar acordada, com olhar bobo e perdido, mas como dizem: ‘águas passadas não movem moinhos. ’ 










3 comentários:

  1. Minha cara, se tem uma coisa que eu gosto de fazer é "gostar", sim digo gostar e não "amar" porque sei lá, amar é muito forte né?! Acho que a coisa vai rolar mesmo que eu senti que estou amando, até lá vou tendo meus tantos encantos e "platonices", mas quando vejo que a coisa tá ficando séria, me jogo mesmo! Fiz isso dia 20/12/12 isso mesmo um dia antes do dito " fim do mundo" fiz uma brincadeirinha com a data e me "declarei", bem, o desfecho teve seu lado muito bom e seu lado ruim.
    Boa sorte com seus amores, e te desejo coragem para falar mais o que senti para os provocadores do sentimento!
    Abraço!

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  2. Caramba, eu tinha feito um texto enorme como comentário e perdi. :X
    Mas enfim, vou resumir, encaro o amor como uma forma muito única de especial, que só saberemos mesmo se é verdadeiro ou não ao longo do tempo.
    Amei seu texto, fiquei encantada. Mas nunca é tarde, já pensou se tu se casa com o carinha do fundamental? HAHA é a vida. Tudo pode acontecer!
    bjs
    http://oicarolina.wordpress.com

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  3. Eu não sei se o outro comentário veio, mas enfim, amei seu texto!
    http://oicarolina.wordpress.com

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